Notícias sobre a pandemia de covid-19 no Brasil e no mundo

Veja como cobrimos a crise de saúde desde março de 2020 até outubro de 2021, quando se encerrou a CPI da Pandemia, que apontou o presidente Jair Bolsonaro como o principal responsável pelo grande impacto do vírus no Brasil

Pfizer anuncia que vacina tem 90,7% de eficácia para crianças e pré-adolescentes de 5 a 11 anos.
Pfizer anuncia que vacina tem 90,7% de eficácia para crianças e pré-adolescentes de 5 a 11 anos.DPA vía Europa Press (Europa Press)

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O Governo brasileiro confirmou no dia 17 de março de 2020 a primeira morte por covid-19 no país. Quase dois anos depois, o Brasil conta mais de 600.000 óbitos causados pelo vírus que perturbou o mundo como há muito tempo não se via. Aqui, acompanhamos as principais notícias sobre número de infectados, a busca desenfreada e por vezes irresponsável por curas e o avanço da vacinação pelo mundo. Abaixo, é possível ler detalhes sobre os impactos sociais e econômicos do coronavírus no planeta, com atenção especial ao Brasil, onde o Governo Bolsonaro errou gravemente durante meses antes de iniciar uma campanha de imunização que, até outubro de 2021, vacinou com pelo menos uma dose mais da metade da população —ainda que o presidente insista em duvidar publicamente da eficiência das vacinas contra covid-19. A cobertura sobre a pandemia segue no EL PAÍS (pode ser acompanhada por aqui), mas este espaço deixa de ser atualizado a partir de 29 de outubro de 2021.

Veja como foi a cobertura minuto a minuto nos últimos meses:

Encerramos nossa cobertura de hoje. Voltaremos amanhã com mais notícias. Obrigado pela companhia e ótimo final de semana!

Brasil registra 394 novas mortes por covid-19

Às vésperas do final de semana, o Brasil registrou 394 novas mortes por covid-19, totalizando 607.462 óbitos desde o início da crise sanitária, em março de 2020. O novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde também confirmou 11.965 novos casos da doença; mais de 21,7 milhões de pessoas se infectaram até aqui.

Agência dos EUA aprova uso da vacina contra covid-19 da Pfizer em crianças

A autoridade sanitária dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), aprovou nesta sexta-feira a possibilidade do uso da vacina contra a covid-19 da Pfizer para crianças de cinco a 11 anos.

Segundo o órgão, a decisão foi tomada a partir da análise de dados de um comitê de especialistas independente sobre a segurança e eficácia dessa marca de imunizante contra a covid-19 neste público. Conforme informações de testes, a eficácia em pessoas de 5 a 11 anos foi de 90,7%, semelhante à encontrada na faixa de 16 a 25 anos. O estudo analisou 3,1 mil crianças nessa faixa etária que receberam doses da vacina da Pfizer-BioNTech e não encontrou nenhum efeito colateral grave.

A vacina é aplicada em duas doses, sendo a segunda três semanas após a primeira. A dosagem é menor do que a utilizada em adultos. O Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) deverá realizar uma reunião na próxima semana para discutir a aplicação dessa vacina nesse público e indicar protocolos e recomendações sobre essa prática de imunização. (Com Agência Brasil)

Funcionários da Anvisa divulgam nota repudiando ameças a servidores: "repulsa e indignação"

A Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa) divulgou um nota em suas redes sociais repudiando os relatos de ameaças sofridas por cinco diretores. Os profissionais foram alvo de ameaças de morte caso aprovassem uma vacina contra a covid-19 em crianças e pré-adolescentes, de cinco a onze anos de idade.

Confira a nota, na íntegra:

É com repulsa e indignação que a Univisa conhece a ameaça sofrida pelos diretores da Anvisa. A tentativa de intimidação busca direcionar a decisão que o corpo dirigente da agência deve tomar acerca da autorização emergencial para o uso de vacinas contra a covid-19, em crianças de 5 a 11 anos.

Apesar de ser uma manifestação individual, tal fato preocupa por não poder ser tomado isoladamente. Trata-se de exemplo que demonstra o que ocorre quando a circulação de notícias falsas, o negacionismo científico e o discurso de ódio são levados às últimas consequências. Ao longo da história, quando o fanatismo e o extremismo são incentivados e encontram solo fértil nas sociedades, o resultado é sempre de terror e retrocesso.

A Univisa se solidariza com os diretores da Anvisa, repudia o acontecido, ao mesmo tempo em que reafirma seu compromisso com a verdade, com a ciência, com as boas-práticas regulatórias e com a defesa incansável das prerrogativas institucionais da Anvisa.

Confaz congela ICMS sobre combustíveis por 90 dias

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou nesta sexta-feira, por unanimidade, o congelamento do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado nas vendas de combustíveis por 90 dias. A decisão foi tomada pelo colegiado em sua 339ª Reunião Extraordinária, realizada hoje, em Brasília.A medida tem por objetivo colaborar com a manutenção dos preços nos valores vigentes em 1º de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022.

Aumentos e protestos

A decisão do Confaz vem dias após um novo aumento no preço dos combustíveis, o que tem gerado insatisfação em diversos setores que dependem diretamente do abastecimento. Caminhoneiros ameaçam greve, ao passo que o Governo Bolsonaro promete “uma ajuda”, que é vista como “piada” por representante da categoria.

 

Uruguai decide manter decreto de emergência sanitária após leve aumento de casos de covid-19

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, voltou atrás na decisão de encerrar o quadro de emergência sanitária no país (decretado em março de 2020) após um ligeiro aumento de casos de covid-19 em alguns departamentos uruguaios.

Segundo o mandatário, "não é hora de seguir avançando" com flexibilizações, que têm sido cada vez mais comuns no país que mais controla a pandemia na América Latina (máscaras faciais, por exemplo, não serão mais obrigatórias a partir de novembro). Com 74% de sua população totalmente vacinada, a nação de 3,5 milhões de habitantes deixou para trás os piores momentos da pandemia, quando chegou a registrar, em apenas uma semana de 2021, mais mortes por coronavírus do que em todo o ano de 2020.

O combate ao vírus só foi possível graças a um dos programas vacinais mais eficientes do continente. No entanto, o leve aumento na curva de contágios (mas não de óbitos) tem feito autoridades de saúde ligarem a luz de alerta. "É hora de nos mantermos em ponto morto", dissse Lacalle Pou. Até aqui, 6.076 uruguaios morreram em decorrência da covid-19.

Diretores da Anvisa são ameaçados de morte para que neguem aprovação de vacinas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta sexta que cinco diretores foram ameaçados de morte caso aprovassem uma vacina contra a covid-19 em crianças e pré-adolescentes, de cinco a onze anos de idade.

As ameaças foram enviadas por email. Além dos diretores, a Anvisa diz que instituições escolares do Paraná também estão entre os alvos da ameaça.

A agência apresentou denúncia à polícia e ao Ministério Público Federal, Estadual e Distrital para que sejam tomadas as devidas medidas.

Nesta semana, a Pfizer anunciou que entrará com pedido de uso emergencial da vacina ComiRNAty para o público de 5 a 11 anos. Um estudo clínico apontou 90,7% de eficácia para esta faixa etária, segundo a Reuters. A agência reguladora americana, FDA, já recomendou o uso do imunizante para esta parcela da população. Atualmente, no Brasil, a vacina está liberada para adolescentes acima de 12 anos.

 

Conselho congela ICMS de combustíveis por 90 dias

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou, por unanimidade, o congelamento por 90 dias do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis.

Na última segunda-feira, a Petrobras anunciou um novo reajuste de 7% nos preços da gasolina e de 9,5% no do diesel.

O último aumento da gasolina havia ocorrido em 8 de outubro, e do diesel, no dia 27 de setembro. Desde o início do mês, o gás de cozinha ultrapassa o valor de 100 reais o botijão em 19 estados, e o custo do litro da gasolina já supera os 7 reais em boa parte do país.

(Com informações da Agência Brasil).

Bolsonaro chega à Itália para reunião da cúpula do G-20

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já está em Roma, na Itália, para participar das reuniões da cúpula do G-20.

A comitiva também conta com o ministro da Economia, Paulo Guedes, das Relações Exteriores, Carlos França, e do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

Rússia bate novo recorde diário de mortes por covid-19

A Rússia atingiu um novo recorde diário de mortes por covid-19, pelo quarto dia consecutivo. Foram 1.163 mortes e 39.849 novos casos.

Há 11 dias o país registra mais de 1.000 mortes por dia.

Do total de casos novos, 3.442 (8,6%) são pacientes assintomáticos. (EFE)

Alemanha aplica doses de reforço para conter aumento de covid-19

A Alemanha está oferecendo doses de reforço da vacina contra o coronavírus, em uma tentativa de frear o aumento dos casos da doença.

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, apelou aos alemães para que recebam o imunizante.

“Quem se deixa administrar uma terceira dose contribui para que superemos o inverno com segurança”, disse o ministro em entrevista à rede regional Rbb. Ele citou grupos mais sensíveis à doença, como idosos e profissonais de saúde, mas assegurou que há vacinas suficientes para todos que queiram o reforço.

Ele citou Israel como exemplo, afirmando que “com doses de reforço também é possível quebrar uma onda”, porque quem a recebe “é efetivamente menos contagioso, pode infectar menos os outros”.

Até quinta-feira, 69,3% da população alemã havia sido vacinada, 66,5% com o calendário completo. (EFE)

Bolsonaro viaja à Itália para reunião do G-20

O presidente Jair Bolsonaro decolou na noite de quinta em direção à Itália para participar da reunião do G-20, que reúne as maiores economias do mundo e de países emergentes. O ministro da Economia, Paulo Guedes, faz parte da comitiva.

Bolsonaro, que já declarou não ter tomado vacina contra a covid-19, deverá enfrentar novamente dificuldades para frequentar locais fechados na Itália, já que o país exige a apresentação do comprovante de vacinação. Em setembro, o presidente enfrentou críticas nos Estados Unidos por participar da Assembleia-Geral da ONU sem imunização.

 

 

 

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Brasil registra 389 novas mortes por covid-19

Com as 389 mortes por covid-19 registradas nesta quinta-feira, o Brasil chegou a um total de 607.068 óbitos desde o início da crise sanitária. O último boletim epidemiológico também contabilizou 15.268 novos casos de coronavírus. São 21.781.436 infecções confirmadas até o momento. Enquanto isso, o país tem mais de 53% de sua população totalmente vacinada.

Senado aprova criação de Observatóro da Pandemia

O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (28) a criação da Frente Parlamentar Observatório da Pandemia, grupo que terá o objetivo de receber denúncias envolvendo as estruturas de combate ao coronavírus. A medida, agora, será encaminhada ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O anúncio da aprovação foi feito pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), um dos parlamentares que liderou a CPI da Pandemia. "Trata-se de uma Frente Parlamentar que acompanhará os próximos passos e resultados da CPI da covid-19, além de fiscalizar a atuação do poder público no combate à pandemia", disse.

Fruto do relatório final da CPI, aprovado na terça-feira, o observatório terá moldes similares à Comissão, sendo presidido por Omar Aziz (PSD-AM) e tendo Rodrigues no cargo de vice-presidente.

Aziz entrega relatório final da CPI a ministro Luis Fux: "certeza que tomará providências"

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), entregou o relatório final da Comissão nas mãos do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luis Fux. Após a aprovação do relatório na terça-feira, os senadores à frente da CPI usaram os últimos dias para entregar o material a líderes de diversos poderes. Segundo Aziz, que se referiu a Fux como "guardião da Constituição", é esperado que o ministro e a corte tomem "as providências cabíveis para que a justiça seja feita".

Merck dá um passo sem precedentes para facilitar o acesso de países pobres a medicamentos de ponta contra o coronavírus

Farmacêutica permite que 105 Governos fabriquem um antiviral promissor e antecipa a isenção de patentes para vacinas que está sendo debatida na Organização Mundial do Comércio e tem oposição da UE

Vacina da AstraZeneca é eficaz contra variante Gama do coronavírus, revela estudo

A aplicação de duas doses da vacina AstraZeneca, no Brasil produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), confere alta proteção contra a variante Gama do coronavírus em pessoas acima dos 60 anos. É o que revela um estudo publicado nesta quinta-feira (28) na revista científica Nature Communications. A Gama surgiu em Manaus, no fim de 2020, e foi responsável pela segunda onda da doença no Brasil, de fevereiro até junho deste ano. Atualmente, a variante de prevalência no país é a Delta, surgida na Índia.

O levantamento foi feito em São Paulo e mediu a proteção que a vacina oferece contra morte por covid-19. A pesquisa mostrou que a segunda dose eleva em cerca de 30% a proteção em relação à aplicação da primeira, com efetividade de 93,6%. O estudo envolveu 20 pesquisadores do Brasil, dos Estados Unidos e da Espanha e foi coordenado pelo médico infectologista Julio Croda, da Fiocruz Mato Grosso do Sul.

Croda explica que a pesquisa buscou fornecer dados sobre a eficiência da vacina em pessoas mais velhas, já que o envelhecimento causa uma perda natural na imunidade: “Sabemos que os idosos têm a questão da imunossenescência [alterações do sistema imunológico provocadas pelo envelhecimento], mas essa análise nos maiores de 60 anos mostra que, mesmo no contexto da circulação da Gama, o esquema vacinal completo garante uma boa proteção. Daí a necessidade de buscar os faltosos, encontrar todo mundo que não completou o esquema vacinal e garantir que tomem as duas doses”. (Com Agência Brasil)

 

Deputado perde mandato por disparar fake news

O cerco do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à desinformação levou à cassação do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR).

Ele foi condenado por propagar informações falsas em suas redes sociais sobre a urna eletrônica durante as eleições de 2018. Ele afirmou que os equipamentos haviam sido adulterados para impedir a eleição de Jair Bolsonaro.

O TSE entendeu que Francischini fez uso indevido dos meios de comunicação e abusou do poder político. À época, ele era deputado federal.

 

 

 


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