Foram três anos de seca em oito províncias, levando à morte 5% da população brasileira da época. Proporcionalmente, a Grande Seca foi 17 vezes mais mortífera que a pandemia de covid-19
O segundo curso hídrico mais extenso da América do Sul padece diante de uma baixa histórica no nível da água. Em seu delta, no leste da Argentina, pântanos são ameaçados pela seca e pelos incêndios —muitas vezes propositais, feitos em meio a uma disputa por terra causada pela pecuária. Em 2020, mais de 300.000 hectares de pastagens e florestas foram queimados na área, devastando a fauna e a flora nativas. Em 2021, com as águas em nível mais baixo nos últimos 77 anos, o risco ao ecossistema é ainda maior; um bioma fundamental e que tem papel enquanto reserva de água doce e também para filtrá-la e evitar inundações. Nesta reportagem fotográfica, feita entre 2018 e 2021, o EL PAÍS percorre o trecho final do Paraná para mostrar as consequências desse desastre natural —e quais os efeitos causados nas comunidades que dependem dos pântanos para sobreviver
Bioma, que concentra 5% da biodiversidade do planeta e funciona como uma enorme caixa d’água que irriga quase metade do Brasil, agora sofre com um ritmo de desmatamento avassalador
Com crise hídrica, mar invade foz do rio e saliniza água em Piaçabuçu, a 135 km de Maceió.
Casos de hipertensão e doenças de pele aumentam nos postos de saúde da região
Pela primeira vez em 18 meses, o sistema não depende mais do volume morto, a situação, contudo, é muito delicada. O aumento de chuvas por si só não é uma garantia de que o sistema encherá