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Fechamento de escolas faz Alckmin ter rejeição recorde, diz Datafolha

28% do eleitorado qualifica desempenho de tucano como ótimo ou bom São 10 pontos a menos com relação a fevereiro

Felipe Betim
Protesto nesta sexta-feira, em São Paulo.
Protesto nesta sexta-feira, em São Paulo.Miguel Schincariol (AFP)

No mesmo dia em que a Polícia Militar reprimia uma manifestação de estudantes na avenida Paulista, o instituto Datafolha mostrou que a popularidade de Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo reeleito em outubro do ano passado em primeiro turno, despencou. O levantamento, realizado nos dias 25 e 26 de novembro deste ano, aponta que apenas 28% do eleitorado paulista aprova a gestão do tucano, 10 pontos a menos com relação a fevereiro e a menor taxa de aprovação já registrada desde 2001, quando assumiu o governo pela primeira vez. Ao mesmo tempo, 30% acredita que o Governo é ruim ou péssimo —seis pontos a mais que em fevereiro—, uma reprovação recorde. A maioria dos eleitores —40%— diz que a gestão é regular, segundo divulgou instituto de pesquisa nesta sexta-feira.

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A pesquisa do Datafolha foi feita dias antes dos protestos estudantis que tomaram as ruas da capital e da repressão policial a adolescentes de entre 15 e 17 anos. Alunos das escolas públicas promoveram atos em São Paulo contra a reorganização do sistema educativo paulista, que prevê fechar 92 escolas estaduais e levou centenas de estudantes a ocupar 200 centros de ensino e bloquear diversas vias da capital em protesto contra a medida. As bombas de gás utilizadas pela PM e as imagens de menores de idade detidos e carregados para o camburão, além do contingente policial exagerado para coibir manifestações, chocaram até mesmo o tradicional eleitor do tucano.

Antes mesmo dessa ação policial, o Datafolha revela que 61% dos entrevistados já se mostravam contra a reforma educativa, enquanto que apenas 29% estavam a favor. Os alunos da rede de ensino estadual já estavam ocupando várias escolas quando a pesquisa foi feita. Segundo a pesquisa, 55% dos entrevistados disseram apoiar a ocupação, enquanto 40% se mostrou contra.

A crise hídrica, que se arrastou ao longo do ano, e que vem deixando milhares de moradores, sobretudo da periferia, sem água em casa, também foi um importante fator para a queda da popularidade de Alckmin. Apesar de um certo alívio pela temporada de chuvas a partir de novembro, 33% dos 1.350 entrevistados disseram que o fornecimento de água foi interrompido ao menos uma vez no último mês —55% entre os que moram na área metropolitana de São Paulo. Além disso, 83% acredita que o Governo é pouco transparente e esconde informações a respeito do assunto, ao fornecer apenas os dados que são favoráveis a ele. Sobre a gestão da crise hídrica em geral, 20% avalia como ótima ou boa, 40% como regular e 38% como ruim ou péssima.

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