Para Fox News, Bolsonaro nega relação com acusado de matar Marielle e defende muro de Trump
Em entrevista à rede de televisão norte-americana, presidente brasileiro afirmou que maioria dos imigrantes não tem boas intenções em relação aos EUA

O presidente Jair Bolsonaro, que está em Washington para se encontrar com Donald Trump nesta terça-feira, defendeu a construção do muro na fronteira entre EUA e México para conter imigrantes irregulares. "Nós vemos com bons olhos a construção do muro", afirmou em entrevista à emissora norte-americana Fox News.
Em meio a elogios ao presidente norte-americano, Bolsonaro afirmou que a maioria dos imigrantes não tem boas intenções ou não pretende fazer o melhor para o povo dos EUA. Disse ainda que os americanos que defendem o socialismo deveriam olhar para a França, onde a política de fronteiras abertas para refugiados foi uma decisão ruim para o país. Aos que são contrários ao muro de Trump, ele provoca: "Será que eles tirariam portas e muros de suas próprias casas".
Ao ser chamado de "Trump dos Trópicos" pela entrevistadora, que deixou claro que o apelido nem sempre é usado de forma elogiosa, Bolsonaro disse que sempre admirou Trump, e que deseja que o Brasil seja uma grande nação, assim como o líder norte-americano busca que os EUA sejam grandes.
Bolsonaro defendeu o episódio "golden shower", em que compartilhou para seus 3 milhões de seguidores no Twitter um vídeo obsceno gravado na rua durante o Carnaval, no qual dois homens dançam sobre um ponto de táxi, um deles tocando o próprio ânus e o outro urinando nele depois. Ele afirmou que o vídeo já estava circulando na internet e só foi compartilhado para mostrar a situação do Carnaval no Brasil.
Sobre o encontro com Trump na Casa Branca, o presidente disse que deseja discutir um aprofundamento do comércio entre Brasil e Estados Unidos, e afirmou que a crise política na Venezuela será um dos tópicos do encontro. Bolsonaro afirmou ainda que a capacidade bélica dos EUA pode ser usada para libertar o povo da Venezuela.
Caso Marielle
Bolsonaro também falou sobre o caso da vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018, Marielle Franco. Questionado pela entrevistadora da emissora norte-americana sobre alegações de que ele e sua família teriam ligações com as milícias suspeitas de envolvimento na morte de Marielle, Bolsonaro reiterou que só conheceu a vereadora após sua morte, em março do ano passado, e garantiu não ter qualquer relação com o PM da reserva apontado como executor do crime, Ronnie Lessa, apesar de ambos morarem no mesmo condomínio no Rio de Janeiro.
O presidente acusou a mídia brasileira de tentar envolvê-lo injustamente no caso, e lembrou o atentado a faca que sofreu em setembro do ano passado, durante a campanha eleitoral, cometido por um ex-integrante do PSOL, o mesmo partido de Marielle.
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