Merkel pede respeito à Constituição na Espanha e descarta mediar conflito com Catalunha
Chanceler considera que a crise catalã "é um problema interno" de Espanha

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu nesta quarta-feira através de seu porta-voz que, após a realização de um referendo ilegal no último domingo sobre a independência da Catalunha, a região respeite a Constituição espanhola e o estado democrático de direito. Também descartou qualquer tipo de mediação em um problema que, para o país, trata-se de “um conflito interno” espanhol. Berlim evitou falar sobre a repressão policial contra os catalães que votavam no domingo.
“A Alemanha segue de perto o desenvolvimento dos acontecimentos. Temos um grande interesse na estabilidade de Espanha e, portanto, é importante que se respeite o Estado de direito”, disse aos jornalistas, na entrevista coletiva que ocorre as quartas-feiras, Steffen Seibert, o porta-voz da chanceler.
Seibert seguiu o roteiro traçado por Berlim, que vem fazendo declarações cautelosas, e ressaltou a necessidade de que qualquer solução passe pelo "respeito à Constituição e à ordem democrática”.
“O Tribunal Constitucional espanhol afirmou claramente que o chamado referendo não está de acordo com a Constituição espanhola. É o dever de todo governo manter a ordem constitucional. Em um Estado democrático, a Constituição protege os direitos de todos os cidadãos”, disse.
Ao ser questionado sobre a atuação da polícia e as centenas de pessoas que ficaram feridas nas ruas de Catalunha, o porta-voz limitou-se a dizer que Berlim “espera o fim da escalada, mas isso só será possível observando os princípios constitucionais e sobre a base do diálogo político”. “A Espanha é um Estado democrático e plural quanto a meios de comunicação. […] Ninguém precisa que um porta-voz do governo alemão avalie a ação policial”, concluiu.
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