Há mais de três meses, os moradores de Barão de Cocais, em Minas Gerais, vivem sob tensão pelo risco de rompimento da barragem Sul Superior, que abastece a mina do Congo Soco. Perigo iminente alterou rotina e economia local
Morador de Barão de Cocais, o carreteiro Sílvio Faria fala sobre o risco de rompimento de barragem da Vale. Vídeo mostra a rotina alterada da cidade mineira na rota de um novo tsunami de lama
Mineradora identificou deformação na Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, que levaria à terceira catástrofe do tipo na região de MG em menos de quatro anos
Cem dias depois do desastre provocado pela Vale em Brumadinho, que deixou 235 mortos e 35 desaparecidos, vizinhos de barragens em Minas Gerais temem que fiscalização insuficiente da mineração provoque novas tragédias
Dados da Fundação S.O.S. Mata Atlântica mostram que alguns trechos do Velho Chico já estão com água imprópria para uso da população.
Concentração de ferro, manganês, cromo e cobre está acima dos limites permitidos por lei
Afrouxar o licenciamento ambiental aumenta a margem de lucro das empresas, em função da redução dos custos. Porém, quando ocorre um desastre ambiental, o que há é uma socialização dos prejuízos, que são pagos pela sociedade como um todo
Países têm o desafio de fazer com que grandes corporações, com receitas muitas vezes superiores a PIBs, respeitem os direitos humanos e sejam punidas por suas violações. Legislações, tratados e convenções focam na penalização de Estados e indivíduos
Advogada que luta para incluir o ecocídio, a morte do meio ambiente, na lista de crimes contra a paz, defende que é preciso punir criminalmente diretores de empresas que cometem atrocidades; na Corte Penal Internacional, se necessário
Bombeiros ainda buscam por 131 pessoas desaparecidas após rompimento da barragem da Vale. Sobreviventes e parentes de vítimas tentam cicatrizar as dores e o trauma após tragédia
Desocupações ocorreram nas cidades de Ouro Preto e Nova Lima, em Minas Gerais
Mineradora afirma que são ações preventivas, mas três das cinco barragens estão na "zona de atenção" de risco da empresa
Documento da mineradora estima indenização de potenciais vidas perdidas em rompimento de barragens. Estudo é utilizado na avaliação de companhias sobre quais os riscos elas estão dispostas a aceitar
Dois executivos, dois gerentes e quatro técnicos são investigados por suspeita de autoria ou participação em centenas de homicídios, por crimes ambientais e de falsidade ideológica
As buscas continuam após o colapso de uma barragem que matou pelo menos 166 pessoas. Ainda há 160 desaparecidos. O Ministério Público acusou a Vale de ter conhecimento desde outubro de 2018 do risco de rompimento
Relatório interno da mineradora em 2018 diz que, se alerta funcionasse, vítimas fatais poderiam ter sido reduzidas a menos de dez. Empresa diz que não existe estudo com "qualquer menção a risco de colapso iminente" na mina
160 pessoas ainda não foram encontradas, o que dificulta o enfrentamento do luto dos que ficam. "Não há cura. A cura é encontrar o corpo", diz especialista
Ao menos nove ações coletivas foram protocolados contra a mineradora nos Estados Unidos por acionistas. Uma vitória lá fora pode fortalecer ações contra a companhia no Brasil
Documento interno da Vale sobre risco de barragens de 2018 coloca dez estruturas na "zona de atenção". Análise da empresa foi apreendida durante operação que deteve engenheiros de Brumadinho
239 pessoas foram retiradas de suas casas, junto a barragem da mina Gongo Soco, da Vale, em Barão de Cocais. Em Itatiaiuçu, a mineradora ArcelorMittal retirou outras 65 pessoas que viviam próximo à barragem de Serra Azul
Relatório de 2017 aponta que 80% do orçamento é gasto no administrativo. A procuradores que aguardam inspeção de mina há quatro anos, autarquia alega "recursos escassos"