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Paes vai com Crivella, apoiado por Bolsonaro, para o segundo turno no Rio de Janeiro

Ex-prefeito recebe 37% dos votos válidos; atual mandatário, em busca de reeleição, fica nos 21,9%.

Vencedor do primeiro turno no Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM) faz gesto da vitória após votar na manhã deste domingo. Ele irá enfrentar o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos)
Vencedor do primeiro turno no Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM) faz gesto da vitória após votar na manhã deste domingo. Ele irá enfrentar o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos)SERGIO MORAES (Reuters)
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AME8198. SAO PAULO (BRASIL), 14/11/2020.- Funcionarios del Tribunal Regional Electoral llevan hoy urnas electrónicas a los lugares de votación en la ciudad de Sao Paulo (Brasil). Casi 148 millones de brasileños están convocados a las urnas este domingo para renovar a los alcaldes y concejales de 5.569 ciudades, en unos comicios que pueden ser un termómetro político de cara a las presidenciales de 2022. Las municipales serán las primeras elecciones que se celebren en Brasil desde las presidenciales de 2018, en las que por primera vez en la historia del país llegó al poder la ultraderecha, encarnada hoy por el mandatario Jair Bolsonaro. EFE/ Sebastiao Moreira
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O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e o atual mandatário que busca a reeleição, Marcelo Crivella (Republicanos), irão disputar o segundo turno das eleições municipais no Rio de Janeiro. Paes atingiu 37% dos votos válidos. Crivella, 21,9% dos votos válidos.

Delegada Martha Rocha (PDT) alcançou 11,3% dos votos válidos, ao lado de Benedita da Silva (PT) que ficou com 11,27%. Luiz Lima (PSL) teve 6,8% dos votos válidos, Renata Souza (PSOL), 3,2% e os demais ficaram com menos de 3%; Paulo Messina (MDB), 2,9%; Bandeira de Mello (Rede), 2,4%; Fred Luz (Novo), 1,7%, e os demais menos de 1%.

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Paes liderou nas pesquisas durante toda a campanha. Crivella cresceu nas sondagens de intenção de voto a partir do final de agosto e atingiu o patamar de votos para ir ao segundo turno depois que o presidente Jair Bolsonaro demonstrou de forma mais efetiva seu apoio ao candidato. Nas últimas semanas, porém, começou a cair nas pesquisas de intenção de voto e começou a ser ameaçado pelo crescimento de Martha Rocha e Benedita da Silva, colocando em dúvida a sua participação no segundo turno, que será disputado no dia 29 de novembro.

Após o anúncio do resultado, Crivella mostrou confiança em tentar virar o jogo. “No segundo turno é uma eleição completamente diferente”, afirmou a jornalistas e apoiadores. “Não tem favoritismo, sai do zero a zero”, disse. Já Paes disse que pretende buscar apoio de outras alas políticas para a disputa. “Nós vamos buscar todo mundo”, afirmou . “Pode ser de direita ou de esquerda, queremos conversar e os aproximar de todo mundo”, afirmou, ao ser confirmado no segundo turno.

O presidente Jair Bolsonaro, de máscara branca, participa da inauguração de uma escola cívico-militar no Rio de Janeiro em agosto ao lado do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), de máscara azul.
O presidente Jair Bolsonaro, de máscara branca, participa da inauguração de uma escola cívico-militar no Rio de Janeiro em agosto ao lado do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), de máscara azul.Silvia Izquierdo (AP)

O resultado é um alívio para Bolsonaro, já que candidatos apoiados pelo presidente em capitais importantes não passaram para o segundo turno. Em São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos) ficou longe de avançar na corrida eleitoral e o apoio do presidente não ajudou a angariar votos e colocou seu prestígio em xeque junto a esse eleitorado . Em Manaus o candidato apoiado por ele, Coronel Alfredo Menezes (Patriotas), disputa a terceira posição com outros três concorrentes.

O prefeito Crivella chegou a ser declarado inelegível em meio à campanha eleitoral, em setembro, após a Justiça Eleitoral considerar propaganda eleitoral um evento realizado em 2018 na quadra de uma escola de samba. A decisão, porém, depende de recurso e não tirou Crivella do páreo até lá.

Citado em delações de empreiteiros na Operação Lava Jato, Paes, por sua vez é investigado por supostamente ter recebido propina da Odebrecht no valor de cerca de 10 milhões de reais para facilitar a assinatura de contratos de obras da Prefeitura do Rio de Janeiro relacionadas às Olimpíadas de 2016. Em junho, o Supremo Tribunal Federal negou um pedido da defesa de Paes para parar as investigações.

A marca do Rio de Janeiro nesta eleição foi a violência. Apesar de não ser de hoje que as milícias influenciam as eleições do Estado, elas se articulam cada vez mais para ocupar espaços no poder público da cidade e região metropolitana. Assassinatos de adversários políticos se tornaram lugares comuns. No Brasil todo, pelo menos 82 políticos ou militantes foram assassinados este ano.

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