_
_
_
_

Ministério Público de São Paulo sugere arquivamento do caso Neymar por falta de provas e “afeto entre as partes”

Decisão foi anunciada pela Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica de Santo Amaro, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, e tem cinco dias úteis para ser homologada pela Justiça

Neymar em treino com o PSG.
Neymar em treino com o PSG.FRANCK FIFE (AFP)
Diogo Magri
Mais informações
Polícia não indicia Neymar por acusação de estupro
Neymar já é um rebelde para o PSG

O Ministério Público de São Paulo declarou nesta quinta-feira que recomenda o arquivamento do inquérito policial que investiga Neymar por um suposto caso de estupro em um relacionamento que o jogador teve com a modelo Najila Trindade, em Paris, no último mês de maio. A decisão foi anunciada pelas promotoras Flávia Merlini e Estefânia Paulin, da Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica de Santo Amaro, em entrevista coletiva na sede do MP em São Paulo, onde elas argumentaram "falta de provas suficientes" e "relação de afeto entre as partes" para sugerir o encerramento do caso. A sugestão segue a mesma feita pela Polícia há 10 dias sobre o inquérito e tem cinco dias úteis para ser homologada pelo juiz da 12ª Vara de Violência Doméstica.

"Ao analisar o inquérito e acompanhar as investigações, entendemos que havia uma relação de afeto entre as partes, ainda que rápida e num primeiro momento de forma virtual, como ocorrem as relações atuais. A partir da falta de provas, concluímos o arquivamento", justificou Estefância Paulin. As promotoras completaram dizendo que a medida não implica na absolvição de Neymar, uma vez que o inquérito pode ser reaberto a qualquer momento desde que surjam novas provas.

A Promotoria também afirmou que todos os laudos oficiais feitos pelo Instituto Médico Legal com a colaboração de Najila constataram que a suposta vítima não sofreu nenhuma lesão de estupro. O laudo particular, apresentado pela modelo como prova de agressões sofridas, também foi considerado nas investigações. "O MP entendeu que a agressão narrada pela vitima fazia parte de um contexto e, com a apuração das provas, não se entendeu que esse seria um crime a ser analisado", disseram as promotoras.

Na entrevista coletiva, a Promotoria também confessou que a escolha de Najila não entregar o celular, onde ela disse que estaria a íntegra do vídeo gravado com Neymar em Paris, agiu contra a denúncia de estupro. "Ela mencionou o tempo todo que as provas dos fatos estavam na filmagem do celular dela. Em um primeiro momento, ela se recusou a entregar na delegacia e num segundo momento disse que tinha perdido. De uma certa forma, não entregar o celular acaba enfraquecendo as afirmações da vítima". Estefânia também afirmou que, apesar da insistência da Promotoria na apresentação da íntegra do vídeo que mostra jogador e modelo discutindo no quarto do hotel -- do qual uma parte circulou nas redes sociais --, ela ouviu da acusação que a filmagem "não existia".

O caso Neymar se tornou público no dia 1 de junho, quando Najila Trindade fez um boletim de ocorrência em São Paulo acusando o jogador de agressão e estupro em um encontro que os dois tiveram no dia 15 de maio em um hotel em Paris. Como resposta, Neymar gravou um vídeo no Instagram expondo a conversa com a modelo antes e depois do encontro no qual teria acontecido o crime, o que ocasionou em outra acusação para o jogador por divulgação de imagens que façam apologia a sexo sem o consentimento da vítima. Se recuperando da lesão no tornozelo que o tirou da seleção brasileira antes da disputa da Copa América, Neymar faz pré-temporada com o PSG apesar do conhecido desejo de deixar o clube francês nesta janela. O camisa 10 do Brasil já foi especulado no Real Madrid e no Barcelona.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_