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Árbitro esnoba o VAR e Brasil estreia com empate amargo diante da Suíça

Miranda é empurrado antes do gol suíço, mas árbitro de vídeo não entra em ação. Apesar da superioridade, seleção peca ao diminuir o ritmo quando estava em vantagem

Jogadores reclamaram do gol sofrido após empurrão em Miranda.
Jogadores reclamaram do gol sofrido após empurrão em Miranda.DARREN STAPLES (REUTERS)
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O Brasil empatou com a Suíça neste domingo em Rostov-on-Don, pela primeira rodada do Grupo E da Copa do Mundo Rússia 2018. Após sair na frente com Philippe Coutinho, eleito o melhor em campo, a seleção sofreu o empate em jogada aérea, no início do segundo tempo. Shaqiri cobrou escanteio, Miranda foi empurrado por Zuber, que ganhou a disputa pelo alto e estufou as redes de Alisson. Apesar das reclamações dos jogadores brasileiros, o árbitro mexicano César Ramos não pediu o auxílio do VAR e confirmou o gol suíço. Ele ainda ignorou as reclamações de Gabriel Jesus pela marcação de um pênalti, que, de fato, não existiu.

Por se tratar de uma estreia em Mundial, a seleção começou o jogo mais preocupada em fechar os espaços do que em atacar. Os suíços dominaram as ações nos primeiros cinco minutos, mas logo a equipe brasileira assumiu o controle da bola e passou a ditar o ritmo. Aos 20 da etapa inicial, Coutinho aproveitou a sobra de fora da área e acertou um lindo chute para abrir o placar. A partir do gol, o Brasil tirou o pé do acelerador, dando campo ao adversário, que se animou pelo empate antes do intervalo. Porém, a defesa brasileira, bem postada e sob a proteção de Casemiro, não levou sustos no primeiro tempo.

Depois de sofrer o empate na etapa final, Tite tentou suas cartadas para conseguir a vitória. Sacou Casemiro, amarelado, e promoveu a entrada de Fernandinho. Também colocou Renato Augusto, que, em tratamento de lesão, não participou dos amistosos preparatórios, no lugar de Paulinho. Entretanto, o setor de meio-campo se mantinha desorganizado. Neymar voltava para buscar jogo, mas foi bastante caçado pelos defensores suíços. Firmino substituiu Jesus e quase marcou em uma cabeçada, aos 44 minutos, que parou nas mãos do goleiro Sommer – o melhor da Suíça na partida. Embora tenha tido mais posse de bola (53%) e finalizações (20), a seleção se mostrou instável e ansiosa diante da necessidade de buscar o resultado no segundo tempo, algo que ainda não havia acontecido nos amistosos contra Croácia e Áustria.

Historicamente, o Brasil sempre enfrentou dificuldades em estreias de Copa do Mundo. No entanto, ao contrário deste domingo, havia conseguido vencer seu primeiro jogo nas três últimas edições: 1 a 0 na Croácia (2006), 2 a 1 na Coreia do Norte (2010) e 3 a 1 de virada novamente sobre a Croácia (2014), jogando em casa. Há 40 anos a seleção não tropeçava na partida inaugural do torneio. A última vez foi em 1978, também por 1 a 1, contra a Suécia, na Copa da Argentina.

Com um ponto no Grupo E, o Brasil divide a segunda posição com a Suíça, atrás da Sérvia, que bateu a Costa Rica por 1 a 0. Agora, a seleção volta a campo na próxima sexta-feira (dia 22), em São Petersburgo, para enfrentar os costarriquenhos, e fecha a fase de grupos contra a Sérvia, em Moscou, no dia 27.

Veja como contamos Brasil x Suíça, minuto a minuto:

Diogo Magri
Encerramos por aqui a cobertura de Brasil 1 x 1 Suíça, na Arena Rostov. Obrigado pela companhia e até a próxima!
Diogo Magri
Amanhã, mais três jogos: Suécia x Coreia do Sul (9h - Grupo F); Bélgica x Panamá (12h - Grupo G); e Inglaterra x Tunísia (15h - Grupo G). Todos no horário de Brasília.
Diogo Magri
Agora, o Brasil volta a campo na próxima sexta-feira, às 9h (horário de Brasília), contra a Costa Rica em São Petersburgo.
Diogo Magri
Também hoje, a Alemanha perdeu para o México por 1 a 0, pelo Grupo F, gol de Hirving Lozano: http://cort.as/-7CPl Foto: EFE
Diogo Magri
Com Brasil 1 x 1 Suíça, fica assim o Grupo E da Copa do Mundo. A Sérvia, que venceu a Costa Rica (1 a 0) mais cedo, lidera a chave.
Diogo Magri
A resposta sobre Miranda encerrou a entrevista coletiva de Tite.
Diogo Magri
Tite comenta declaração de Miranda, que disse que se tivesse caído o árbitro talvez marcasse a falta. "Disse a ele: 'não, absolutamente não. Caracterizaria simulação'". Foto: Reuters.
Diogo Magri
"Fiquei contente com a agressividade até fazer o gol. Depois, o adversário cresceu e retardamos. Dez minutos depois do gol, retomamos, criamos e faltou precisão. Isso levamos de lição para o próximo jogo". Foto: Reuters
Diogo Magri
"Não costumo substituir por causa de cartão, mas os dois lances seguidos do Casemiro após ele levar o cartão foram arriscados, lances de carrinho", diz Tite sobre a entrada de Fernandinho.
Diogo Magri
"Posso falar de todos os outros [gols de cabeça que tomamos], mas o de hoje não. Se o cara empurra o jogador, vou falar o que?", responde Tite sobre possível deficiência da seleção na bola aérea defensiva. Foto: AP
Diogo Magri
"As finalizações precisam ser mais frias, mais precisas. Claro que não estou contente", afirma o treinador.
Diogo Magri
"Nesses momentos de Copa do Mundo, você tem que absolver momentos de tomar o gol. A equipe tem condições e vai produzir mais". Foto: Joe Klamar (AFP).
Diogo Magri
"A ansiedade bateu forte. Isso se traduzia na finalização precisa, mas mantivemos o nível esperado do Brasil", diz Tite em coletiva. "Poderíamos ter feito o goleiro trabalhar mais".
Diogo Magri
"Só vou falar uma vez sobre o lance do Miranda: é muito claro. O pênalti do Jesus é passível de interpretação, o do Miranda não". Foto: Joe Klamar (AFP).
Diogo Magri
"Absolutamente não", responde Tite sobre falta de reclamação dos seus jogadores nos lances polêmicos da partida. "Não podemos pressionar a arbitragem".
Diogo Magri
"Tivemos coisas positivas", ressalta Coutinho. Foto: AP
Diogo Magri
"Fico feliz de ter feito o gol, mas o mais importante é ganhar os jogos", diz Coutinho na entrevista coletiva.
Diogo Magri
Philippe Coutinho foi eleito o melhor jogador do empate entre Brasil e Suíça.
Diogo Magri
Zuber, autor do gol da Suíça, diz que "foi uma vitória para nós" em entrevista na saída do campo.
Diogo Magri
As estatísticas dos 90 minutos. Brasil teve mais posse, chutou mais e tocou mais a bola, mas não foi o suficiente. Suíços foram eficientes, com apenas seis finalizações.

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