_
_
_
_

Distúrbios e 120 presos nos protestos contra a reforma trabalhista francesa

Dezenas de milhares de pessoas em vinte cidades participam na sétima mobilização em dois meses e meio

França: Manifestação contra a reforma trabalhista em Paris, nesta quinta-feira.Foto: atlas
Gabriela Cañas

A rejeição da reforma trabalhista elaborada pelo Governo de François Hollande continua provocando protestos de rua. Esta quinta-feira, respondendo ao chamado de sete sindicatos, houve protestos em pelo menos vinte cidades do país. O número de manifestantes foi modesto em comparação com os protestos anteriores, mas em alguns deles ocorreram violentos confrontos. A polícia usou gás lacrimogêneo em Paris e Nantes e alguns manifestantes destruíram mobiliário urbano e quebraram algumas vitrines. Foram feridos 24 policiais, três deles gravemente em Paris, de acordo com o ministro do Interior. Bernard Cazeneuve. A polícia prendeu cerca de 120 manifestantes.

Mais informações
Derrota dos socialistas na França aprofunda a divisão interna
A França vira à direita
Hollande anuncia mais poderes permanentes para a polícia da França

A reforma trabalhista do Governo francês foi apresentada em fevereiro passado e, desde então, os protestos continuaram, apesar de que o projeto foi suavizado para reduzir sua rejeição social. A manifestação de hoje é a sétima organizada em menos de três meses. As marchas foram especialmente importantes em Nantes, Rennes, Le Havre, Lyon e Paris, embora muitos estudantes continuem de férias no país. A polícia calculou em 50.000 pessoas a participação em todo o país – dez vezes mais, segundo a central sindical CGT –, dos quais cerca de 15.000 participaram na capital. Alguns dos enfrentamentos, muito violentos em Paris, ocorreram fora da manifestação.

Na terça-feira da próxima semana começa o debate da reforma no Parlamento. As concessões feitas pelo governo à chamada lei Khomri (pelo nome da ministra do Trabalho) foram importantes. Na verdade, os empregadores, que a aplaudiram no início, agora a rejeitam e pedem um ambiente mais favorável às pequenas e médias empresas. Para os sindicatos, continua sendo uma reforma que favorece, fundamentalmente, as empresas. O projeto visa facilitar as demissões e reduzir as indenizações para promover o emprego. Desde fevereiro, para reduzir a tensão gerada, o Governo propôs penalizar os contratos temporários para favorecer a contratação por tempo indefinido, renunciou a colocar um limite às indenizações e aprovou novas ajudas aos jovens para promover a entrada no mercado de trabalho.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_