Resultado na Câmara: aprovado o impeachment de Dilma
Plenário da Câmara dos deputados aprovou o processo de destituição da presidenta
Veja como foi a cobertura, a repercussão do resultado da votação e as manifestações nas ruas
Em votação histórica, o plenário da Câmara dos deputados aprovou o processo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, neste domingo, 17 de abril, por 367 votos a favor, 137 contra, 7 abstenções e 2 ausências. A sessão, comandada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de protestos, foi marcada por tensão, troca de acusações, bate-boca e tumulto e durou seis horas, além dos dois outros dias de debate. O Governo fala em "golpe". Nas ruas, uma multidão de manifestantes contra e a favor protestaram. Agora, o processo segue para o Senado.
Veja como foi a repercussão do resultado da votação na Câmara:
Dilma Rousseff acaba de encerrar a entrevista coletiva.
"Vai ser necessário um grande rearranjo do Governo. Já enfrentei o primeiro, o segundo e o terceiro turno. Agora vamos para quarto turno. Não posso antecipar quais medidas econômicas vou tomar, mas serão necessárias".
Dilma responde agora as perguntas dos jornalistas. "Qualquer Governo pode cometer erros. Mas ressentimento não é justificativa para nenhum processo de impeachment".
"Vou lutar como fiz ao longo de toda a minha vida. Comecei numa época em que era muito difícil lutar, numa ditadura aberta e escancarada. Agora vivemos em uma democracia, mas estou tendo meus sonhos torturados. Não vão matar minhas esperanças. A democracia é sempre o lado certo".
"Quero dizer para vocês: o mundo e a história observam cada ato praticado neste momento. Vivemos muito difíceis, mas históricos. Nos tempos difíceis a história está presente. Eu tenho ânimo, força e coragem suficientes para enfrentar esta injustiça. Eu não vou me abater".
"Não se pode chamar de impeachment o que é uma tentativa de eleição indireta. Os que querem ascender ao poder não tem votos para tal", prossegue Dilma.
"Eu sempre lutei pela democracia e sem acreditei na democracia. No passado, enfrentei por convicção a ditadura. E agora enfrento por convicção um golpe de Estado. Um golpe que não é igual ao da minha juventude, mas é igual ao que se pratica na minha maturidade"
"Quero lembrar vocês como esse processo se deu. O processo foi aberto por vingança, porque o Governo não negociou os votos no Conselho de Ética", diz Dilma em relação a Eduardo Cunha.
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