_
_
_
_
_

Resultado na Câmara: aprovado o impeachment de Dilma

Plenário da Câmara dos deputados aprovou o processo de destituição da presidenta Veja como foi a cobertura, a repercussão do resultado da votação e as manifestações nas ruas

A favor:
Contra:
ABSTENÇÕES:
Nulos:

513 dEputados

As reações à votação do impeachment, em São Paulo (à esq.) e em Brasília.
As reações à votação do impeachment, em São Paulo (à esq.) e em Brasília.Sebastião Moreira / Fernando Bizerra Jr. /EFE

Em votação histórica, o plenário da Câmara dos deputados aprovou o processo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, neste domingo, 17 de abril, por 367 votos a favor, 137 contra, 7 abstenções e 2 ausências. A sessão, comandada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de protestos, foi marcada por tensão, troca de acusações, bate-boca e tumulto e durou seis horas, além dos dois outros dias de debate. O Governo fala em "golpe". Nas ruas, uma multidão de manifestantes contra e a favor protestaram. Agora, o processo segue para o Senado.

Veja como foi a repercussão do resultado da votação na Câmara:

Dilma Rousseff acaba de encerrar a entrevista coletiva.
"Vai ser necessário um grande rearranjo do Governo. Já enfrentei o primeiro, o segundo e o terceiro turno. Agora vamos para quarto turno. Não posso antecipar quais medidas econômicas vou tomar, mas serão necessárias".
"Minha relação com Lula é ótima. Espero que ele possa dar uma grande contribuição para o Governo".
"Esperamos que nesta semana seja autorizada a vinda de Lula para o ministério da Casa Civil".
"Não se trata de judicializar o processo. Não vamos abrir mão de todos os instrumentos para defender a democracia".
"Mauro Lopes votou a favor do impeachment e, portanto, já não é ministro", disse Dilma sobre o titular de Aviação Civil.
"O fato do Supremo decidir sobre como o processo deve andar não significa que ele tenha se pronunciado sobre o mérito".
Sobre a possibilidade de propor novas eleições, disse: "Não estou pensando nisso agora".
"Temos um presidente da Câmara que conduziu esse processo como quis".
Dilma responde agora as perguntas dos jornalistas. "Qualquer Governo pode cometer erros. Mas ressentimento não é justificativa para nenhum processo de impeachment".
"Vou até o fim do processo. Vou me defender no Senado. Esse não é o início do fim. É o início da luta".
"Vou lutar como fiz ao longo de toda a minha vida. Comecei numa época em que era muito difícil lutar, numa ditadura aberta e escancarada. Agora vivemos em uma democracia, mas estou tendo meus sonhos torturados. Não vão matar minhas esperanças. A democracia é sempre o lado certo".
"Quero dizer para vocês: o mundo e a história observam cada ato praticado neste momento. Vivemos muito difíceis, mas históricos. Nos tempos difíceis a história está presente. Eu tenho ânimo, força e coragem suficientes para enfrentar esta injustiça. Eu não vou me abater".
"É estarrecedor que um vice-presidente conspire contra a presidente. Abertamente. Em nenhuma democracia do mundo ele seria respeitado".
"Não se pode chamar de impeachment o que é uma tentativa de eleição indireta. Os que querem ascender ao poder não tem votos para tal", prossegue Dilma.
"Nenhum Governo será legítimo se não for por obra do voto secreto, direto e numa eleição convocada para este fim".
"Eu sempre lutei pela democracia e sem acreditei na democracia. No passado, enfrentei por convicção a ditadura. E agora enfrento por convicção um golpe de Estado. Um golpe que não é igual ao da minha juventude, mas é igual ao que se pratica na minha maturidade"
"Quero lembrar vocês como esse processo se deu. O processo foi aberto por vingança, porque o Governo não negociou os votos no Conselho de Ética", diz Dilma em relação a Eduardo Cunha.
"Acredito que é muito ruim para o Brasil. E que o mundo veja que a nossa jovem democracia enfrenta um processo dessa baixa qualidade".
"Projetos importantes que eram necessários para a retomada do crescimento ou eram postergados ou não eram votados".

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_