Vacina contra a covid-19 da Pfizer recebe aprovação definitiva nos EUA
É o primeiro imunizante contra o coronavírus aprovado pela FDA, o órgão regulador do país. Autoridades de saúde acreditam que será um estímulo para quem ainda não recebeu as doses
A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, concedeu nesta segunda-feira aprovação total para a vacina da Pfizer-BioNTech contra o coronavírus para pessoas com mais de 16 anos de idade. Este é o primeiro imunizante contra a covid-19 homologado pelo órgão regulador norte-americano que, até então, só o havia autorizado para uso emergencial. O presidente Joe Biden e as autoridades sanitárias acreditam que esse respaldo dará segurança a quem não recebeu as doses por dúvidas sobre a eficácia das injeções. “O dia que esperavam chegou”, disse o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca.
“O público pode estar muito confiante de que esta vacina atende aos altos padrões de segurança, eficácia e qualidade de fabricação que a FDA exige de um produto aprovado”, disse a dirigente interina da agência, Janet Woodcock, pela manhã. “O marco de hoje nos deixa um passo mais perto de alterar o curso desta pandemia nos Estados Unidos”, acrescentou. A disseminação da variante delta da covid-19, cuja carga viral é até 1.200 vezes maior do que as mutações anteriores, fez disparar os casos de infecções no país.
O presidente Joe Biden anunciou na semana passada um plano para oferecer uma terceira dose da vacina contra o coronavírus a partir de 20 de setembro para aqueles que receberam a segunda dose oito meses atrás. Essa medida ainda não recebeu a aprovação da FDA. “Esta é uma pandemia de não vacinados”, insistiu o presidente nesta segunda-feira. “Estamos em meio a um esforço de guerra para resistir à pandemia, um dos desafios mais complicados de nossa história”, acrescentou Biden, que fez um chamado a quem ainda não se vacinou para que faça isso o mais rápido possível. “Em todo o mundo, as pessoas querem essas vacinas. Aqui nos EUA elas são gratuitas, convenientes e estão esperando” para serem usados, disse ele.
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Clique aquiOs Estados Unidos se tornaram o primeiro país do mundo a aprovar totalmente a vacina Pfizer-BioNTech. O CEO da Pfizer, Albert Bourla, disse em um comunicado que espera que a decisão da FDA “ajude a aumentar a confiança em nossa vacina, já que a vacinação continua a ser a melhor ferramenta que temos para ajudar a proteger vidas”. O estudo de acompanhamento do FDA para medir a eficácia da vacina confirmou que ela mantém 97% de proteção contra a covid-19 grave. A proteção contra infecções mais brandas diminuiu ligeiramente, de um máximo de 96% dois meses após a segunda dose para 84% aos seis meses.
Dos mais de 170 milhões de norte-americanos com o esquema de vacinação completo —pouco mais da metade da população—, cerca de 92 milhões receberam as doses da Pfizer-BioNTech. A campanha de vacinação já dura oito meses nos Estados Unidos. A FDA autorizou esse imunizante para uso emergencial em maiores de 16 anos em meados de dezembro. Em maio, a licença foi estendida a maiores de 12. A vacina da Pfizer-BioNTech ainda não recebeu autorização total para a faixa dos 12 a 15 anos de idade. A FDA esclareceu que, após centenas de milhões de injeções, efeitos colaterais graves, como dor no peito e inflamação do coração em adolescentes, permanecem extremamente raros.
O anúncio tem o potencial de convencer aqueles que não quiseram receber as doses até agora por desconfiar de sua eficácia. E também pode abrir caminho para mais imposição de vacinação por parte de empresas, universidades e Governos locais. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos ordenou nesta segunda-feira a vacinação obrigatória de 1,3 milhão de militares ativos, após a aprovação total da FDA. No início de agosto, cerca de um terço dos soldados não tinha sido vacinado.
Cidades como Nova York, New Orleans e São Francisco impuseram neste mês um teste de vacinação aos cidadãos para entrar em restaurantes, bares e outros locais fechados. Várias empresas privadas estão forçando seus funcionários a se vacinarem para que possam voltar ao escritório, e a Casa Branca exige que os funcionários do Governo certifiquem que foram vacinados ou passam por testes constantes.
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