Eduardo Paes derrota Crivella e será mais uma vez o prefeito do Rio de Janeiro
Candidato do DEM reuniu o amplo leque de apoios, da esquerda à direita, vencendo o atual prefeito e sua gestão muito criticada por 64,41% a 35,59%
A cidade do Rio de Janeiro voltou ao passado nas urnas. Entre o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e o atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), o primeiro acabou prevalecendo no segundo turno das eleições municipais neste domingo, 29 de novembro. Com mais de 97% das urnas apuradas, Paes derrotou Crivella por 64,41% dos votos válidos contra 35,59%.
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A eleição de Paes significa principalmente um repúdio a gestão de Crivella, que soma uma rejeição na casa dos 60%. O ex-prefeito conseguiu reunir apoios tanto da centro-direita mais tradicional como da esquerda contra o prefeito que enfrentava . O deputado federal Marcelo Freixo, do PSOL, chegou a defender publicamente um “voto crítico” em Paes. Outras lideranças progressistas ressaltaram que a prioridade deveria ser retirar Crivella do cargo. Resultado: os eleitores que votaram na delegada Martha Rocha (PDT), na deputada federal Benedita da Silva (PT) e na deputada estadual Renata Souza (PSOL) migraram em massa para Paes.
Desde que assumiu, o bispo licenciado vem responsabilizando seu antecessor pela falta de recursos financeiros para executar seu programa eleitoral. Para se viabilizar no poder e, inclusive, evitar um impeachment, foi entregando cargos para os partidos da Câmara dos Vereadores. O prefeito que se elegeu prometendo cuidar das pessoas, apelou para a família Bolsonaro para tentar sobreviver. Não teve sucesso.
Já Paes, que ocupou a prefeitura da capital fluminense entre 2009 e 2016, foi beneficiado por um período de expansão econômica no Brasil e pelos Jogos Olímpicos de 2016. O evento levou investimentos do Governo Federal para o Rio, que ao longo de anos viu obras serem inauguradas —mesmo quando, a partir de 2014, o Estado mergulhou em uma severa crise financeira. Assim, a gestão Paes ficou associada à bem-sucedida reforma da zona portuária, pela implementação de linhas de BRT e pela rápida expansão das clínicas da família —que acabaram sucateadas na gestão Crivella.
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