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Inundações no Japão deixam ao menos 112 mortos

Quase 5 milhões de pessoas receberam ordem para deixar suas casas

Trem descarrilado depois das intensas chuvas em Karatsu, no sudoeste do Japão
Trem descarrilado depois das intensas chuvas em Karatsu, no sudoeste do JapãoJIJI PRESS (EFE)
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Ao menos 112 pessoas morreram e 72 permanecem desaparecidas no Japão devido às intensas chuvas que afetam a metade sul do arquipélago e mantêm quatro províncias em alerta máximo por inundações e deslizamentos de terra. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) mantém o alerta nas províncias de Kyoto, Hyogo, Okayama e Gifu, no oeste e centro do país asiático, depois de revogá-lo em Fukuoka, Nagasaki, Saga, Hiroshima e Tottori (sudoeste e oeste).

Foi na região ocidental do país onde ocorreram as 66 mortes. As vítimas tinham entre 40 e 90 anos, segundo informações da polícia e dos bombeiros citadas pela rede pública NHK. A maioria delas foi arrastada pelas águas de rios que transbordaram, embora algumas —como uma mulher nonagenária da cidade de Kinnoyama, na província de Hiroshima— tenham morrido quando sua residência foi atingida por um deslizamento de terra. A maioria dos desaparecimentos foi registrada nas províncias de Hiroshima, Ehime e Okayama, onde as equipes de resgate ampliaram as buscas.

Cerca de 650 membros das Forças de Autodefesa (o Exército japonês) estão participando dos trabalhos de resgate, e outros 21.000 estão prontos para entrar em ação, disse neste sábado o ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, à imprensa. A rede NHK está transmitindo ao vivo imagens de localidades alagadas pelos transbordamentos de rios, casas situadas em encostas montanhosas parcialmente sepultadas pela terra e pontes destruídas. Além de Kyoto, Hyogo, Okayama e Gifu, em estado de emergência, outras 28 das 47 províncias do Japão estão em alerta e as autoridades ordenaram a retirada de 4,7 milhões de pessoas de suas residências.

A agência meteorológica japonesa alertou que “o terreno foi minado pelas precipitações, por isso há risco de acidentes relacionados com deslizamentos de terra ou desmoronamentos, mesmo quando a chuva parar”, e pediu que fosse mantida a vigilância em áreas montanhosas e próximas a rios.

As intensas chuvas no arquipélago japonês começaram na quinta-feira e a JMA prevê até este domingo um volume recorde de precipitações, que poderiam chegar a 80 milímetros por hora em algumas regiões.

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