Puigdemont sai de prisão alemã após pagar fiança
Ex-presidente pede a “libertação imediata” de todos os ex-membros do Governo catalão encarcerados
Dez minutos antes das duas da tarde, o ex-presidente do Governo catalão, Carles Puigdemont, cruzou a porta da prisão de Neumünster, na Alemanha, para festejar sua libertação diante dos jornalistas. Acompanhado de seu advogado alemão, Puigdemont leu um comunicado em alemão e em inglês, e não respondeu perguntas.
O ex-presidente passou 12 dias fechado nessa prisão do norte da Alemanha e saiu em liberdade sob o pagamento de uma fiança de 75.000 euros (300.000 reais), depois de a Justiça territorial de Schlewsig Holstein considerar que não se cumpriam os requisitos, segundo a lei alemã, para o delito de rebelião, pelo qual está sendo processado na Espanha.
Em seu pronunciamento, o líder independentista pediu a libertação de seus companheiros presos e considerou “uma vergonha que haja prisioneiros políticos”. E acrescentou: “O tempo do diálogo chegou”. Puidgemont afirmou que confiou sempre na Justiça europeia, da qual destacou o compromisso com os direitos humanos e a separação de poderes.
Puigdemont foi posto em liberdade às 11h14 da manhã desta sexta-feira, segundo informou o Ministério Público de Schleswig Holstein em um comunicado. O ex-presidente também informou qual será a partir de agora sua residência, mas por enquanto o local não foi divulgado. Puigdemont pagou a fiança de 75.000 euros para poder ficar em liberdade enquanto está em tramitação sua possível extradição por malversação de recursos públicos, o outro delito pelo qual está sendo processado.
“Pedimos diálogo nos últimos anos e só recebemos uma resposta violenta e repressiva. É hora de fazer política”, disse. Puigdemont permanecia em prisão desde que em 26 de março foi detido por tentar cruzar de carro para a Alemanha para regressar à Bélgica, onde havia fixado residência para fugir da Justiça espanhola.
O ex-presidente foi preso em resposta a uma ordem europeia de prisão ditada pelo juiz do Tribunal Supremo espanhol Pablo Llarena, que num processo atribuiu a Puigdemont os crimes de rebelião e malversação de recursos públicos.
No entanto, o tribunal alemão rejeitou que exista delito de rebelião, embora seguirá o procedimento de extradição com base no crime de malversação de recursos públicos.
A mesma corte decidira na quinta-feira colocar Puigdemont em liberdade sob fiança de 75.000 euros, que, segundo a defesa de Puigdemont, seriam transferidos à autoridade na noite da quinta-feira, e que o tribunal recebeu nesta sexta-feira.
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