Reino Unido anuncia a expulsão de 23 diplomatas russos pelo caso do ex-espião envenenado
Conselho de Segurança da ONU se reúne com urgência na tarde desta quarta-feira
O Reino Unido expulsará 23 diplomatas russos pelo caso do espião russo envenenado na Inglaterra, depois de a Rússia se negar a dar explicações sobre o ocorrido, segundo informou nesta quarta-feira a primeira-ministra britânica, Theresa May. Além disso, May informou que estão suspensos todos os contatos diplomáticos do mais alto nível com os russos e foi anulada a visita a Londres de Sergey Lavrov, o ministro de Relações Exteriores da Rússia,.
“Muitos de nós olhamos para a Rússia pós-soviética com esperança. Queríamos uma melhor relação e é trágico que o presidente [Vladimir] Putin tenha escolhido agir assim”, disse May no Parlamento.
May deu aos diplomatas, identificados como “oficiais de inteligência não declarados”, uma semana para abandonar o país. A Casa Real britânica também reagiu afirmando que nenhum de seus membros irá à Copa do Mundo, que será realizada na Rússia em junho e julho.
A pressão internacional sobre o Governo de Putin para que dê explicações sobre os motivos do uso de um agente nervoso russo para tentar matar o espião Sergei Skripal e sua filha em solo britânico está aumentando. Na tarde desta quarta-feira o Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião de emergência a pedido da Grã-Bretanha.
A embaixada russa em Londres condenou as medidas de May. “Consideramos que essa ação hostil é totalmente inaceitável, injustificada e míope. Toda a responsabilidade da deterioração das relações entre a Rússia e o Reino Unido recai na liderança política atual da Grã-Bretanha”, expressou a embaixada em um comunicado.
No Twitter, o oposicionista russo Alexey Navalny escreveu: “23 diplomatas serão expulsos de Londres. 23 russos oligarcas e burocratas corruptos continuarão desfrutando a vida em Londres”.
Por sua vez, os 29 países da OTAN pediram que a Rússia responda às demandas do Reino Unido sobre a tentativa de assassinato do espião russo em solo britânico, considerando-o uma “violação flagrante” do direito internacional sobre armas químicas.
“Os aliados entraram em acordo em que o ataque constitui uma clara violação das normas e acordos internacionais [sobre armas químicas]”, disseram em uma declaração conjunta. E pediram à Rússia que responda às perguntas do Reino Unido, país-membro da Aliança.
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