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Avalanche de terra deixa pelo menos 234 mortos no sul da Colômbia

Temporais provocam o transbordamento de três rios e deixam mais de 200 feridos

Moradores de Mocoa observam os estragos causados pelo transbordamento de vários rios no departamento de Putumayo, no sul da Colômbia.
Moradores de Mocoa observam os estragos causados pelo transbordamento de vários rios no departamento de Putumayo, no sul da Colômbia.EFE

Uma avalanche causada pelo mau tempo já deixou pelo menos 234 mortos e mais de 220 feridos em Mocoa (45.000 habitantes), a capital do departamento de Putumayo, no sul da Colômbia, segundo confirmou o presidente Juan Manuel Santos —e o número de vítimas não para de crescer. A tragédia aconteceu na madrugada deste sábado, quando três dos rios que atravessam a região transbordaram por causa das fortes chuvas que caíram durante várias horas.

É desconhecido, até o momento, o total de desaparecidos nas localidades próximas aos rios Mocoa, Mulato e Sancoyaco, cujos transbordamentos provocaram vários deslizamentos de terra. “É uma tragédia que lamentamos muito. E pedimos socorro”, disse à rádio Caracol o prefeito de Mocoa, José Antonio Sánchez. Segundo ele, 17 bairros foram atingidos e falta eletricidade e água potável na região. “Estamos totalmente isolados, minha casa foi destruída, a lama vai quase até o teto”, afirmou.

O presidente do país, Juan Manuel Santos, cancelou a visita que faria a Cuba junto com empresários colombianos e se deslocou para a área atingida. Ele determinou a instalação de uma força especial da Unidade de Gestão de Riscos, especializada nesse tipo de acidente, com apoio das Forças Armadas, segundo informou em sua conta no Twitter.

Órgãos locais de resgate realizam buscas na capital de Putumayo desde a noite desta sexta-feira, quando se instaurou uma operação contra a crise na cidade. Aguarda-se a chegada do Exército e de um avião da Unidade de Gestão de Riscos com pessoal técnico e ajuda humanitária. As primeiras informações indicam que os níveis dos rios transbordados começaram a diminuir. Santos viajou para a região afetada na companhia dos ministros da Defesa, Saúde e Meio Ambiente, autoridades do Exército, da Polícia e do Corpo de Bombeiros, além do coordenador nacional de socorro da Cruz Vermelha na Colômbia.

A Defesa Civil e o governo de Putumayo soltaram notas em que pedem aos habitantes que permaneçam em locais mais elevados e distantes dos rios.

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