Avalanche de terra deixa pelo menos 234 mortos no sul da Colômbia
Temporais provocam o transbordamento de três rios e deixam mais de 200 feridos
Uma avalanche causada pelo mau tempo já deixou pelo menos 234 mortos e mais de 220 feridos em Mocoa (45.000 habitantes), a capital do departamento de Putumayo, no sul da Colômbia, segundo confirmou o presidente Juan Manuel Santos —e o número de vítimas não para de crescer. A tragédia aconteceu na madrugada deste sábado, quando três dos rios que atravessam a região transbordaram por causa das fortes chuvas que caíram durante várias horas.
É desconhecido, até o momento, o total de desaparecidos nas localidades próximas aos rios Mocoa, Mulato e Sancoyaco, cujos transbordamentos provocaram vários deslizamentos de terra. “É uma tragédia que lamentamos muito. E pedimos socorro”, disse à rádio Caracol o prefeito de Mocoa, José Antonio Sánchez. Segundo ele, 17 bairros foram atingidos e falta eletricidade e água potável na região. “Estamos totalmente isolados, minha casa foi destruída, a lama vai quase até o teto”, afirmou.
#TodosPorPutumayo Emergencia en Mocoa, amanece bajo el lodo por las fuertes lluvias durante la noche y madrugada de hoy pic.twitter.com/tSlJTuTHFX
— cruzrojacol (@cruzrojacol) April 1, 2017
O presidente do país, Juan Manuel Santos, cancelou a visita que faria a Cuba junto com empresários colombianos e se deslocou para a área atingida. Ele determinou a instalação de uma força especial da Unidade de Gestão de Riscos, especializada nesse tipo de acidente, com apoio das Forças Armadas, segundo informou em sua conta no Twitter.
Ordené a @UNGRD y @FuerzasMilCol atención inmediata en Mocoa por deslizamientos y lluvias. Nuestras oraciones por las víctimas y afectados.
— Juan Manuel Santos (@JuanManSantos) April 1, 2017
Órgãos locais de resgate realizam buscas na capital de Putumayo desde a noite desta sexta-feira, quando se instaurou uma operação contra a crise na cidade. Aguarda-se a chegada do Exército e de um avião da Unidade de Gestão de Riscos com pessoal técnico e ajuda humanitária. As primeiras informações indicam que os níveis dos rios transbordados começaram a diminuir. Santos viajou para a região afetada na companhia dos ministros da Defesa, Saúde e Meio Ambiente, autoridades do Exército, da Polícia e do Corpo de Bombeiros, além do coordenador nacional de socorro da Cruz Vermelha na Colômbia.
A Defesa Civil e o governo de Putumayo soltaram notas em que pedem aos habitantes que permaneçam em locais mais elevados e distantes dos rios.
Con mercados, kits de aseo, cocina, frazadas y colchonetas; Banco de Maquinaria y Carrotanques para agua, 1a respuesta para Mocoa. pic.twitter.com/pPpg5Yukvt
— UNGRD🇨🇴 (@UNGRD) April 1, 2017
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