Pequenas doses de bom cinema
Cinco curtas-metragens brasileiros exibidos em Brasília entregam muito em pouco tempo
Um ser estranho, que habita um mundo árido e infértil, verte água por suas extremidades e assim dá origem à vida. Um jovem desiste de ser ótimo e volta às origens em Salvador, a chamada “cidade feliz”. Um homem e uma mulher compartilham angústias numa viagem sem falar um a língua do outro.
Essas são algumas das histórias selecionadas para a competição de curtas e médias-metragens do 49 Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que dão um panorama da produção nacional e muitas vezes superam os longas da programação em leveza e criatividade. Selecionamos cinco drops de bom cinema para quem está acompanhando o evento, que termina na próxima terça-feira, 27 de setembro – ou então para quem estiver atento a outros festivais brasileiros, onde eles devem circular.
Solon, de Clarissa Campolina
Misto de ficção científica, performance e fábula sobre o surgimento da vida, o filme mostra como uma criatura misteriosa – Solon – se destaca da paisagem de um espaço árido e infértil, onde vive, e aprende a explorar seu corpo e a se movimentar. Ela verte água por suas extremidades, nutrindo a terra e dando origem ao mundo. É uma produção de Minas Gerais.
Ótimo amarelo, de Marcus Curvelo
Cansado de buscar o sucesso e mais perto de alcançar a felicidade, um jovem regressa à sua Salvador, conhecida como a “cidade feliz”, e reflete sobre as coisas que o fizeram sair de casa – provavelmente, as mesmas que o fizeram voltar. Uma produção da Bahia.
Constelações, de Maurílio Martins
Dois estranhos viajam de carro, em silêncio e em uma estrada escura. Não se conhecem e não falam a mesma língua, mas compartilham angústias – ela, em relação ao passado e e ele, em relação ao futuro. Mais uma produção mineira.
Abigail, de Isabel Penoni e Valentina Homem
Abigail é uma personagem forte retratada Nesse documentário mais por sua ausência que por sua presença em uma casa grande e fragmentada, cheia de objetos acumulados e recordações. Sabemos pouco dela, mas o que descobrimos é instigante: Abigail está entre a selva e a cidade, os índios e o candomblé, os filhos e a solidão. Um filme sobre a memória, produzido entre Rio de Janeiro e Pernambuco e exibido este ano em Cannes.
Quando os dias eram eternos, Marcus Vinícius Vasconcelos
Uma animação em constante movimento, como o Butoh – a dança japonesa na qual ela se inspira. Na história, bastante poética, um filho retorna à sua casa de infância para cuidar da mãe em seus últimos dias de vida.
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