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Obama pede às autoridades da saúde dos EUA uma resposta rápida ao zika

Vírus pode afetar uma área dos Estados Unidos onde vivem 200 milhões de pessoas

Reunião do presidente Obama com autoridades da saúde.
Reunião do presidente Obama com autoridades da saúde.Pete Souza (casa branca)
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Barack Obama pediu na terça-feira uma rápida resposta das autoridades do setor da saúde nos Estados Unidos ao zika vírus, que vem provocando grande alarme na América Latina. Obama requereu o desenvolvimento de vacinas e testes para detectar as doenças transmitidas pela picada de um mosquito, como dengue e chikungunya, e que pode causar má-formação no feto. “O presidente enfatizou a necessidade de acelerar a pesquisa para criar novos testes de detecção e diagnóstico, vacinas e tratamentos da doença”, afirmou um comunicado da Casa Branca divulgado na noite de terça-feira. Obama também destacou a importância de que todos os cidadãos tenham acesso a informações sobre o vírus e às medidas que podem tomar para se proteger.

O zika vírus foi relacionado por especialistas com o aumento dos casos de má-formação cerebral em bebês. No Brasil, o pais mais afetado, já foram detectados cerca de 4.000 casos suspeitos e o Governo anunciou esta semana que vai mobilizar 220.000 soldados das Forças Armadas para lutar contra o mosquito transmissor. Nenhum país conta com uma vacina nem um tratamento específico contra o vírus, transmitido pela picada de mosquito, e que pode causar febre e manchas na pele. O fato de que oito de cada dez pessoas contagiadas não apresentam nenhum sintoma, porém, dificulta ainda mais antecipar as possíveis consequências em casos de mulheres grávidas.

O presidente Obama se reuniu na terça-feira na Casa Branca com dirigentes do Instituto Nacional da Saúde (NIH, na sigla em inglês), o Centro de Controle de Prevenção de Doenças (CDC) e o Departamento de Saúde. O diretor do NIH, Francis Collins, havia explicado no mesmo dia no blog do órgão que poderá haver disseminação do vírus nos Estados Unidos com a chegada dos meses mais quentes, afetando uma área na qual vivem mais de 200 milhões de pessoas. Collins fez referência a um estudo da revista Lancet, no qual se alerta também que mais de 22 milhões de norte-americanos residem em zonas úmidas onde mosquitos portadores do vírus podem sobreviver durante todo o ano.

“É crucial que confirmemos se há uma causa direta entre a infecção pelo zika vírus em grávidas e o desenvolvimento de microcefalia em bebês, por meio de estudos epidemiológicos”, declarou Collins. O diretor do NIH afirmou que as autoridades dos Estados Unidos já puseram em andamento diversos estudos para decifrar os efeitos do vírus em humanos e melhorar os testes de detecção.

Além disso, o CDC anunciou novas instruções para os pediatras que estejam cuidando de bebês cujas mães tenham viajado para os países afetados e possam ter sido expostas ao vírus. Os médicos deverão contatar os serviços regionais de saúde para que as crianças sejam submetidas a testes o mais cedo possível.

Até o momento, as autoridades norte-americanas de saúde confirmaram a existência do caso de uma mulher, residente no Estado da Virgínia, que foi contaminada pelo vírus depois de viajar a um dos países mais afetados. O Governo emitiu um alerta no qual orienta as mulheres grávidas a adiar viagens a países da América Latina e Caribe.

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