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EUA, Reino Unido e outros 12 países questionam relatório da OMS sobre origem do coronavírus

Casa Branca qualifica de “parcial e incompleto” o estudo publicado pela organização devido às restrições de Pequim e pede uma investigação independente

Jen Psaki
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, durante entrevista coletiva na terça-feira.JONATHAN ERNST (Reuters)
Amanda Mars

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FILE PHOTO: World Health Organization (WHO) Director-General Tedros Adhanom Ghebreyesus attends a news conference organized by Geneva Association of United Nations Correspondents (ACANU) amid the COVID-19 outbreak, caused by the novel coronavirus, at the WHO headquarters in Geneva Switzerland July 3, 2020. Fabrice Coffrini/Pool via REUTERS/File Photo/File Photo
Diretor da OMS pede mais estudos sobre hipótese de o coronavírus ter escapado de laboratório em Wuhan
(FILES) In this file photo taken on January 24, 2020 a security guard stands outside the Huanan Seafood Wholesale Market where the coronavirus was detected in Wuhan. - An international expert mission to Wuhan has concluded that it was very likely that Covid first passed to humans from a bat through an intermediary animal, while all but ruling out a lab incident. The experts said that the intermediary host hypothesis was deemed "likely to very likely", while the theory that the virus escaped from a laboratory was seen as "extremely unlikely", according to the final version of the long-awaited report, of which AFP obtained a copy on March 29, 2021 before the official release. (Photo by Hector RETAMAL / AFP)
OMS sugere que o coronavírus passou de morcegos para humanos por meio de outro animal
A student takes a lateral flow test at Weaverham High School, as the coronavirus disease (COVID-19) lockdown begins to ease, in Cheshire, Britain, March 9, 2021. REUTERS/Jason Cairnduff
Cinco grandes enigmas do coronavírus ainda por resolver

O aguardado relatório da missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a origem da covid-19 despertou receios, também previsíveis, nos Estados Unidos, Reino Unido e outros 12 países aliados. Em um comunicado conjunto, esse grupo de governos expressou sua “preocupação” em relação ao rigor do estudo publicado na terça-feira, argumentando que os especialistas não tiveram acesso a dados e provas originais por parte da China, e que a investigação foi realizada com um atraso significativo. O regime de Xi Jinping demorou um ano para autorizar a presença da missão desse organismo internacional.

O grupo enviado pela OMS, uma equipe de 17 cientistas internacionais, examinou juntamente com um número equivalente de especialistas chineses as informações e os lugares relacionados com os primeiros casos da pandemia, detectados na cidade de Wuhan em dezembro de 2019. O trabalho, desenvolvido entre 10 de janeiro e 14 de fevereiro, também não satisfez a própria organização. Seu diretor, Tedros Adhanom Ghebreyesus, criticou “as dificuldades que [os cientistas] tiveram para ter acesso aos dados originais”, acrescentando: “Espero que futuros estudos colaborativos incluam uma troca de dados mais ampla e ágil”.

Esse é o mesmo sentimento presente na declaração conjunta assinada por Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, República Tcheca, Dinamarca, Israel, Japão, Estônia, Letônia, Lituânia, Eslovênia, Noruega e Coreia do Sul, divulgada na terça-feira. “Nós nos unimos para expressar nossa preocupação comum em relação ao recente estudo da OMS na China, ao mesmo tempo em que reiteramos a importância de trabalhar em conjunto para desenvolver um processo rápido, eficaz, transparente, baseado na ciência e independente, para ser utilizado nas avaliações internacionais desses tipos de surto no futuro”, assinala o texto.

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Em uma entrevista coletiva também, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, foi mais direta, afirmando que o relatório oferece “um retrato parcial e incompleto”. Washington já vinha questionando esse estudo, entre outros motivos, por não ter participado de seu planejamento nem de sua realização. Os atritos entre a OMS e a Administração do ex-presidente Donald Trump devido à pandemia chegaram a tal ponto que o republicano decidiu cortar a contribuição dos EUA à organização. Mas o novo Governo democrata, que restabeleceu a contribuição, também criticou a China, afirmando que ela “não ofereceu a transparência necessária”.

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