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Biden põe fim ao silêncio com ligações para Merkel e Johnson sobre crise no Afeganistão

Mandatário entra em contato com vários líderes mundiais para coordenar a ajuda humanitária ao país asiático após tomada de Cabul

O presidente Joe Biden desembarca em Washington na terça-feira depois de suas férias em Camp David.
O presidente Joe Biden desembarca em Washington na terça-feira depois de suas férias em Camp David.Manuel Balce Ceneta (AP)
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Encurralado pelas críticas — que vêm, inclusive, de suas próprias fileiras— diante da caótica retirada das tropas no Afeganistão, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, levou vários dias para entrar em contato com seus pares internacionais para avaliar os últimos acontecimentos. Somente na tarde de terça-feira o mandatário telefonou para o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, com quem acordou realizar uma cúpula virtual do G-7 na próxima semana para tratar do tema. Nesta quarta-feira foi a vez de falar com a chanceler alemã, Angela Merkel, com quem fez um balanço dos trabalhos de evacuação em andamento e da necessidade de apoio às populações mais vulneráveis, tanto no Afeganistão como em países vizinhos.

Ao contrário de outros líderes internacionais, como o presidente francês Emmanuel Macron ou a própria Merkel, que nos últimos dias mantiveram intensos contatos diplomáticos, Biden parecia ter optado pelo silêncio. Um hiato do qual saiu na segunda-feira para se dirigir à nação e defender, com veemência, sua decisão de se retirar do Afeganistão. Dessa forma, horas depois de seu assessor de segurança nacional, Jake Sullivan, ter admitido em uma entrevista coletiva na terça-feira que o presidente norte-americano não havia telefonado para nenhum líder de outro país para comentar sobre a situação no Afeganistão, Biden ligou para Johnson. Durante a conversa, segundo a Casa Branca, ambos falaram da “necessidade de uma colaboração estreita e contínua entre os aliados e parceiros democráticos no Afeganistão de agora em diante”, incluindo “formas pelas quais a comunidade internacional pode oferecer assistência humanitária e apoio aos refugiados e outros afegãos vulneráveis”.

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Não por acaso, o primeiro telefonema de Biden foi para um parceiro privilegiado como é o líder britânico, o que não evitou duras críticas recebidas na sessão extraordinária da Câmara dos Comuns pelos erros de cálculo na execução da retirada. Tampouco foi coincidência que o segundo chamado foi dirigido à chanceler Merkel, já no final de sua carreira política. Biden está ciente do papel fundamental do Reino Unido que, como o Canadá, se comprometeu a acolher 20.000 refugiados afegãos nos próximos anos, sendo os primeiros 5.000 ainda este ano.

De forma concreta, os dois mandatários estudaram como “a comunidade internacional pode proporcionar mais assistência humanitária e apoio aos refugiados e outros afegãos vulneráveis”, acrescentou. A mesma mensagem foi transmitida a Merkel. Johnson e Biden “destacaram a coragem e o profissionalismo de seu pessoal militar e civil, que trabalha em conjunto em Cabul para evacuar” os cidadãos de ambos os países e “dos afegãos que ajudaram” suas respectivas tropas durante a intervenção aliada no país da Ásia Central.

Diante do silêncio de Biden, os contatos entre os líderes europeus se multiplicaram desde o fim de semana. Além de Biden e Johnson, Merkel, por exemplo, falou nos últimos dias com Macron e com o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi. O contato também foi estabelecido junto ao responsável da ONU para os refugiados, Filippo Grandi. Entram na lista, também, os mandatários de Uzbequistão, Paquistão e Qatar.

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