_
_
_
_

Parlamento espanhol confirma socialista Pedro Sánchez como presidente do Governo

O socialista recebeu 167 votos a favor, 165 contra e 18 abstenções e formará com Pablo Iglesias o primeiro Governo de coalizão do atual período democrático

Pedro Sánchez, nesta terça-feira, no Congresso espanhol.
Pedro Sánchez, nesta terça-feira, no Congresso espanhol.Juan Carlos Hidalgo (EFE)

Pedro Sánchez, líder do PSOE, conseguiu na terça-feira em votação apertada a confirmação como presidente do Governo espanhol após obter uma maioria simples na segunda votação no Congresso dos Deputados, e já tem luz verde para formar com o Unidas Podemos o primeiro executivo da coalizão do atual período democrático no país. Com esse aval do Parlamento, a Espanha encerra um período de dez meses com um Executivo interino, com duas eleições presidenciais, nas quais a política foi polarizada e as instituições foram submetidas à maior tensão em décadas, com o desafio da independência catalã e a irrupção da extrema direita do Vox.

Mais informações
El secretario general del PSOE Pedro Sanchez antes de la reunión en la Cadena Ser de Madrid.
Pedro Sánchez: “Nem coalizão, nem eleições, existe uma terceira via: um programa progressista comum”
Como a vitória dos socialistas nas urnas muda o cenário político espanhol
Santiago Abascal, después de verse con el Rey Felipe VI este miércoles
Análise | Sem barreiras, extrema direita espanhola potencializa salto

Sánchez recebeu 167 votos a favor, 165 contra e 18 abstenções. O líder socialista, que venceu as eleições de 10 de novembro, alcançou seu objetivo na segunda votação no Congresso, depois de fracassar no domingo por não alcançar a maioria absoluta necessária no primeiro turno. Na votação apertada, Pablo Iglesias, líder do Unidas Podemos, foi confirmado como vice-presidente.

O candidato socialista chegou à presidência graças ao apoio de seu partido e do Unidas Podemos, com quem formará um governo de coalizão, além dos deputados do PNV, Más País, Compromís, Nueva Canarias, Teruel Existe e BNG. A abstenção do ERC (Esquerda Republicana da Catalunha, partido de esquerda independentista que faz parte do Executivo regional da Catalunha) e do EH Bildu também facilitou a investidura.

Sánchez defendeu a “democracia”, e Pablo Iglesias, líder do Unidas Podemos, aconselhou-o a usar “bom tom e firmeza democrática diante de pessoas intolerantes”. Desde a oposição, Pablo Casado, deputado do PP (Partido Popular) acusou Sánchez de concordar com “os terroristas e os conspiradores”, enquanto Santiago Abascal (Vox) levou seu discurso contra os imigrantes à tribuna.

A Espanha deu o primeiro passo para solucionar seu bloqueio político em novembro —depois que as eleições de 28 de abril fossem refeitas devido à falta de acordo entre os partidos para eleger o primeiro-ministro—, quando firmou-se a aliança para um Governo progressista na quarta economia do euro. O gabinete de Pedro Sánchez contará com pelo menos três ministros do Unidas Podemos, um grupo de esquerda surgido em 2014 da insatisfação dos cidadãos com a crise econômica e política. Este é o primeiro Executivo de coalizão no país desde a Segunda República (1931-1936) e se espera que leve a cabo uma política claramente de esquerda, com aumentos no salário mínimo e nos impostos sobre as rendas mais altas, além de uma reforma trabalhista para proteger os direitos dos trabalhadores.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_