Música na quarentena: bossa nova brasileira com jazz norte-americano
O diretor de cinema e produtor musical propõe uma lista sobre o romance do jazz dos Estados Unidos com o estilo de Tom Jobim e Vinícius de Moraes
Após dedicar uma lista ao The New Standard, título que Herbie Hancock deu a um álbum gravado 25 anos atrás, onde fez versões de Lennon & McCartney, Sade, Peter Gabriel, Paul Simon ou Prince, entre outros, agora é a vez de um fenômeno da renovação do repertório de standards que havia começado antes, com o surgimento da Bossa Nova no Brasil, que colocou a música brasileira na moda em todo o mundo.
Embora os pioneiros foram o guitarrista Laurindo Almeida e Bud Shank na década de cinquenta, eram tempos pré-bossa.
Os dois acontecimentos fundamentais são o sucesso do filme francês Orfeu Negro e principalmente as canções da trilha sonora, escritas por Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes e por Luiz Bonfá. A Felicidade, Manhã de Carnaval, etc... arrasam. Era o ano de 1959. O guitarrista norte-americano Charlie Byrd foi o primeiro a descobrir o novo ritmo nos EUA e o apresentou ao saxofonista Stan Getz, gravando juntos o genial Jazz Samba.
O outro acontecimento foi o show no Carnegie Hall de uma delegação de artistas brasileiros no final de 1962. Getz gravou um novo disco brasileiro, Getz/Gilberto, mas agora com Jobim e João Gilberto e se tornou um dos maiores sucessos da história, como todo mundo sabe, porque continua sendo ouvido mais de meio século depois.
A lista de hoje é sobre o romance do jazz norte-americano com a bossa, que por sua vez teve uma grande influência do West Coast Jazz, de Chet Baker, Frank Sinatra, etc... Seria possível fazer centenas de listas. Esta é a minha de hoje. Espero que você goste.
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