Marina Helou: “Primeiro passo é trazer transparência para os contratos de ônibus de São Paulo”
Candidata da Rede à Prefeitura da maior cidade do país foi entrevistada na sabatina do EL PAÍS em parceria com o MyNews. Ela propõe criar licença maternidade remunerada para trabalhadoras informais
O EL PAÍS e o MyNews entrevistaram ao vivo nesta quinta-feira, a candidata da Rede Sustentabilidade à Prefeitura de São Paulo, Marina Helou, como parte de uma série de sabatinas com os postulantes ao comando da maior cidade do país nas eleições municipais de 2020. Na conversa, que foi transmitida em tempo real no site do jornal e nos canais do EL PAÍS e do MyNews no YouTube, Helou disse que, se eleita, terá como uma das prioridades trazer mais transparência aos milionários contratos de ônibus da cidade São Paulo. “É o maior investimento da cidade, vai bater 3 bilhões neste ano, e é um dos mais caros para o usuário. O que aconteceu com os transportes na pandemia foi péssimo. A gente gastou mais dinheiro com menos ônibus em circulação."
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A deputada estadual eleita em 2018 com quase 40.000 votos diz que é possível explorar cláusulas pouco claras dos contratos de transporte para incentivar uma mudança de matriz energética na principal forma de transporte dos paulistanos, abandonando o diesel como combustível da frota. Ainda nos transportes, ela propõe a volta das medidas de redução de velocidade em vias como as marginais.
Aos 33 anos e formada em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas, Helou defende a importância de sua candidatura como um exercício de representatividade na política e comemora ter aparecido com 1% de intenção de votos na mais recente pesquisa Datafolha sobre a disputa paulistana. “Também diziam que eu não ia ser eleita deputada. Quero convidar todas as meninas que estão nos escutando a se candidatarem. A não deixarem que as pessoas digam o que vocês podem ou não podem fazer. As políticas no mundo estão mostrando isso." Em seu programa, ela propõe um programa de licença maternidade remunerada para trabalhadoras informais, de valor ainda não definido.
Helou, que fez carreira no setor privado e é uma das lideranças apoiadas pelo movimento RenovaBR e atuou na Bancada Ativista, se apresenta como progressistas, mas sugere que nenhuma outra proposta à esquerda na corrida alcança o que ela propõe, entre outros aspectos por não encarar com profundidade o papel das parcerias com o setor privado. “Só vimos projetos mais dos mesmos, os mesmos nomes, os mesmo projetos.”
Até agora, já foram sabatinados Guilherme Boulos (PSOL), Orlando Silva (PCdoB), Jilmar Tatto (PT), Joice Hasselmann (PSL) e Márcio França (PSB). Hoje mais cedo, foi a vez de Filipe Sabará (Novo). Amanhã, sexta-feira, haverá o encerramento da programação quatro rodadas de entrevistas: às 13h, Arthur do Val (Patriota); às 15h, Celso Russomanno (Republicanos); às 16h, Bruno Covas (PSDB); e, às 18h, Andrea Matarazzo (PSD).