Orlando Silva: “Defendo volta às aulas quando houver vacina. Ano letivo você recupera, a vida não”
Ao EL PAÍS e MyNews, candidato do PCdoB disse que retorno antecipado pode ameaçar os parentes dos alunos e defendeu regulamentar a situação dos entregadores por aplicativo. Veja a íntegra da conversa
Orlando Silva, candidato do PCdoB à Prefeitura de São Paulo, foi entrevistado nesta terça-feira pelo EL PAÍS e pelo MyNews como parte de uma série de sabatinas com os postulantes à Prefeitura da maior cidade do Brasil.
Durante a conversa, Orlando Silva defendeu que haja retorno às aulas na rede pública da capital paulista apenas quando houver um vacina disponível contra a covid-19. Segundo ele, essa é uma postura fundamental para evitar a disseminação da doença entre os familiares dos alunos. “Defendo volta às aulas quando houver vacina. Ano letivo você recupera depois, a vida não”, afirmou. Até que a vacina esteja disponível, ele diz que o Executivo precisa garantir acesso aos alunos de uma internet de melhor qualidade, além de garantir a distribuição de material didático e uniformes.
Na conversa, Silva também prometeu regulamentar a situação dos entregadores por aplicativo ―cuja situação ele classificou de “escravidão contemporânea”― com a criação de tarifas mínimas para as entregas e também a realização de eleições entre a população para a indicação dos subprefeitos. De acordo com com o candidato, também será uma prioridade de sua gestão a questão da Cracolândia. Ele disse que a situação não será resolvida de modo imediato e nem durante uma única gestão. “A Cracolândia não é um problema para quatro anos, é uma questão permanente”, afirmou, defendendo a criação de leis municipais próprias para a região. O candidato do PCdoB também elogiou o modelo econômico chinês e admitiu que a ex-presidente Dilma Rousseff errou na condução da economia antes de sofrer o impeachment - mas afirma que ainda acredita que a retirada do poder da mandatária foi um golpe.
Confira a íntegra da entrevista no vídeo acima.
Orlando Silva (Salvador, 1971) iniciou sua trajetória política ainda em um colégio estadual de sua cidade natal quando, aos 17 anos, dirigiu um grêmio e se filiou ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Cursou direito na Universidade Católica de Salvador e, em 1995, se tornou o primeiro negro a ser eleito presidente da União Nacional dos Estudantes. Ainda presidiu a União da Juventude Socialista antes de fezer parte do Governo Lula, primeiro como secretário nacional do Esporte e, de abril de 2006 a outubro de 2011, como ministro do Esporte, atuando também nos primeiros meses de Governo Dilma. Sob seu comando, a pasta realizou os jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro e comemorou as escolhas do país como sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Com menos de 20.000 votos, Silva não foi eleito vereador de São Paulo nas eleições municipais de 2012, mas ganhou por duas vezes consecutivas o pleito para deputado federal nas eleições de 2014 e 2018, com mais de 90.000 e quase 65.000 votos, respectivamente. Em 2020, concorre pela primeira vez à Prefeitura de São Paulo.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.