EUA negarão visto a quem não puder pagar um seguro saúde
A nova medida, que passa a vigorar em 3 de novembro, não especifica quanto dinheiro será exigido nem quais critérios concretos serão adotados
Os Estados Unidos negarão vistos aos imigrantes que, ao entrar no país, não tiverem seguro saúde ou não puderem demonstrar que têm recursos para pagá-lo quando se tornarem residentes. O anúncio foi feito pela Casa Branca na noite de sexta-feira, em meio ao processo de impeachment a que o presidente Donald Trump está sendo submetido, numa nova ofensiva em sua batalha para cumprir a promessa eleitoral de reduzir a imigração.
A nova medida, que foi antecipada pelo The Wall Street Journal e entrará em vigor em 3 de novembro, um ano antes das eleições presidenciais em que Trump buscará um segundo mandato, permitirá que apenas os migrantes “cobertos por seguros médicos aprovados” ou que tiverem “recursos financeiros para pagar pelos custos médicos razoavelmente previsíveis” possam entrar no país.
Mas não foi especificado quanto dinheiro será exigido nem quais critérios concretos serão aplicados. O requisito também não será exigido de filhos de cidadãos americanos que não forem, eles próprios, americanos, nem de refugiados ou requerentes de asilo. Mas a medida será imposta aos demais solicitantes de visto, mesmo que tenham familiares nos Estados Unidos.
O presidente Trump alega, para justificar a medida, que a probabilidade de que os imigrantes legais necessitem usar um seguro saúde é três vezes maior que a dos cidadãos americanos. “O presidente tomou esta decisão para promover a autossuficiência dos imigrantes, que foi durante muito tempo um aspecto fundamental do nosso sistema migratório”, diz o anúncio da Casa Branca.
No período de 12 meses até outubro de 2018, os Estados Unidos emitiram cerca de 534.000 vistos, 4,6% a menos do que no ano anterior, segundo dados do Departamento de Estado. Os vistos de imigrante são geralmente o passo prévio para receber a permissão de residência permanente no país.
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