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Stormy Daniels revela suas relações com Donald Trump em um livro de memórias

Atriz pornô diz que o sexo com o atual presidente dos EUA, que qualifica de “palhaço”, foi talvez o “menos impressionante” de sua vida

Donald Trump e Stormy Daniels
Donald Trump e Stormy DanielsAFP

A estrela pornô Stormy Daniels, que afirma ter tido um brevíssimo romance com Donald Trump em 2006, conta no livro que escreveu sobre sua relação com o presidente dos EUA que o sexo com ele foi talvez o "menos impressionante" de sua vida, de acordo com trechos das memórias publicadas nesta terça-feira, 18, pelo jornal britânico The Guardian. No livro ela traça um "retrato intensamente íntimo de um Trump palhaço e inseguro", questiona que esteja apto a ser presidente e afirma que ele lhe propôs trapacear em seu reality show.

No livro Full Disclosure (revelação total) que será lançado em 2 de outubro, Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, descreve até os genitais de Trump e os compara com "uma enorme cabeça de cogumelo". "E fiquei lá estendida, irritada porque estava sendo fodida por um cara com púbis de Yeti e um pau como o personagem cogumelo do Mario Kart", diz a mulher textualmente no livro. Ela também afirma que o pênis do magnata é "menor que a média", mas "não anormalmente pequeno". O The Guardian explica que obteve uma cópia do livro, que será publicado a um mês das eleições legislativas de 6 de novembro nos Estados Unidos.

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Trump, cujo índice de apoio popular está em mínimos históricos para um presidente há apenas dois anos no cargo, nega ter tido um relacionamento com Daniels. No entanto, seu advogado Michael Cohen se declarou culpado de violar as regras sobre financiamento de campanha depois de reconhecer que em 2016 pagou a Daniels 130 mil dólares (cerca de 535.000 reais) para comprar seu silêncio. Em março, Daniels entrou com uma ação para anular este acordo de confidencialidade. A estratégia de Trump e Cohen é evitar por todos os meios que eles tenham que depor no caso.

Daniels, de 39 anos, que coopera com a procuradoria de Nova York na investigação, diz que teve um encontro sexual com Trump em Lake Tahoe, Califórnia, onde foi realizado um torneio de golfe em 2006, poucos meses depois que a mulher de Trump, Melania, deu à luz seu único filho, Barron. Lá eles começaram um caso sexual e os encontros se estenderam até 2007.

No livro, Daniels, que falou pela primeira vez sobre o caso em uma revista em 2011, diz que o affair com o atual presidente começou quando um de seus guarda-costas a convidou para jantar com o famoso empreendedor imobiliário e apresentador do programa de televisão The Apprentice. A noite terminou na cobertura de Trump. "Pode ter sido o sexo menos impressionante que eu tive em minha vida, mas claramente ele não tinha a mesma opinião", escreve Daniels, que diz logo ter se sentido enojada com o caso.

A atriz pornô relata que se manteve em contato com Trump durante todo o ano seguinte com a esperança de participar de seu programa de televisão. Ela diz que Trump ofereceu a ela um lugar no programa e até sugeriu que poderia trapacear para que ela ficasse em mais episódios.

"Ele iria me fazer trapacear e foi 100% ideia dele", diz no livro. Daniels afirma que a vitória de Trump nas eleições presidenciais foi uma surpresa incrível para ela. "Isso nunca vai acontecer", a atriz pornô afirma ter comentado com pessoas próximas a ela. "Ele nem quer ser presidente." Anos depois, toda vez que via Trump na televisão, escreve Daniels, ela dizia a si mesma: "Eu fiz sexo com isso, Puag".

Depois da publicação do artigo do Guardian, Michael Avenatti, o advogado de Daniels, afirmou em um tuíte que "a coisa mais importante (sobre o livro) não é a descrição de seu relacionamento sexual com Trump". "É a descrição de sua vida e seu papel como uma mulher moderna, sem medo de dizer a verdade ao poder", disse. "Donald Trump, Michael Cohen, Sarah Sanders, Rudy Giuliani, Laura Ingraham, Fox News, Brit Hume e outros chamaram minha cliente de mentirosa. Veremos se eles continuam a fazer isso" quando o livro for publicado, acrescentou, em entrevista à CNN. Segundo o site da rede de livrarias Barnes and Noble, a editora do livro é a St. Martin's Press, subsidiária da gigante Macmillan.

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