Novas contratações e maiores apostas: o que esperar da nova temporada dos campeonatos europeus
A liga francesa dá, nesta terça, o pontapé inicial das competições europeias. EL PAÍS apresenta uma prévia das principais ligas
Nesta sexta-feira, 10, o pontapé inicial da temporada de campeonatos nacionais da Europa é dado nos territórios inglês e francês. Às 15h45 (horário de Brasília), Olympique de Marselha e Toulouse fazem o primeiro jogo da liga da França. Quinze minutos depois, Manchester United e Leicester entram em campo para abrir a rodada inicial do campeonato da Inglaterra. Espanha e Itália só começam seus torneios na semana seguinte, enquanto o campeonato alemão tem sua estreia marcada para 24 de agosto. Antes que a bola role, o EL PAÍS apresenta uma prévia das principais ligas europeias, suas novidades e seus maiores candidatos ao título.
Premier League
Na Inglaterra, o grande desafio dos aspirantes ao título é não permitir que o Manchester City, de Pep Guardiola, De Bruyne e Agüero, seja tão soberano quanto foi na última temporada. Os atuais campeões fizeram 100 pontos na edição passada, a maior pontuação da história da competição, 19 a frente do Manchester United, segundo colocado. Para a temporada 2018/19, Guardiola trouxe somente um reforço: Mahrez, do Leicester, melhor jogador da Premier League 2015/16. Com exceção de Yaya Touré, todo o resto do elenco campeão foi mantido.
Fred e Jorginho, dois volantes especulados no City, foram parar em rivais pelo título; o primeiro foi para o United, enquanto o segundo foi para o Chelsea. Kepa, espanhol que se tornou o goleiro mais caro do mundo, e Kovacic foram outros reforços da equipe de Londres, que também trouxe o treinador Maurizio Sarri recentemente. Hazard e Willian, sondados por times espanhóis, ficam no time de Sarri. Quem mais se reforçou foi o Liverpool: trouxe Alisson, Keita, Fabinho e Shaqiri para completar as posições carentes da equipe vice-campeã europeia. O Arsenal se reformulou após outra temporada frustrante, na qual não conseguiu nenhuma vaga em competições europeias e terminou com o adeus do treinador Arsene Wenger após 22 anos. Em seu lugar, foi contratado o espanhol Unai Emery. Com ele, chegaram o volante uruguaio Torreira, o goleiro Leno, o zagueiro Sokratis e o jovem meia Guendouzi. Maior rival local de Emery, o Tottenham não contratou e nem vendeu ninguém durante todo o verão europeu; ao menos, Lucas Moura, que chegou no clube em janeiro, fez ótima pré-temporada depois de seis meses apagados. Por último, o Everton se destaca pelos acertos dos brasileiros Richarlison e Bernard para o ataque e Mina e André Gomes, do Barcelona.
A Premier League foi a primeira das cinco ligas a encerrar o período para contratações, nesta última quinta-feira (9). Pela preparação, Manchester City e Liverpool parecem largar na frente de United, Chelsea, Tottenham e Arsenal, com o Everton brigando por uma vaga em competições europeias.
Ligue 1
Se o Manchester City foi dominante na Inglaterra, o mesmo aconteceu com o Paris Saint-Germain na França. 93 pontos e 108 gols foram os números do atual campeão francês na temporada passada, comandado por Mbappé, Cavani e Neymar, mesmo com o brasileiro se machucando na metade da competição. Mbappé, que foi destaque na Copa do Mundo, e Neymar foram especulados como substitutos de Cristiano Ronaldo no Real Madrid, mas os dois permaneceram. O PSG vendeu Pastore e Berchiche, pouco úteis ao estrelado elenco, e contratou o goleiro Buffon. Outra novidade é o treinador alemão Thomas Tuchel.
Ao menos pela janela, nenhum adversário ameaça mais um título francês da equipe de Neymar. O Monaco, que foi segundo na temporada passada com 13 pontos a menos, tem como principal reforço o meia Golovin, que se destacou pela Rússia na Copa. A equipe do principado ainda liberou Boschillia, meia revelado pelo São Paulo, ao Nantes por empréstimo. Lyon e Olympique, que completaram o G4, não fizeram nenhuma contratação chamativa.
La Liga
Pela primeira vez em quase dez anos, o campeonato espanhol não será palco das duas maiores estrelas do futebol mundial: Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Isso porque o português, depois de 438 jogos e 450 gols pelo Real Madrid, foi para a Juventus por 117 milhões de euros. O Real especulou Hazard, Neymar e Mbappé como substitutos, mas as contratações feitas pelos madrilenhos até hoje foram o brasileiro Vinícius Júnior, o lateral Odriozola e o goleiro Courtois.
Messi, por outro lado, permanece no atual campeão, o Barcelona. O treinador Valverde, que perdeu Iniesta e Paulinho, reforçou a equipe para a atual temporada com o zagueiro Lenglet, vindo do Sevilla, os meias Arthur (ex-Grêmio) e Vidal (ex-Bayern) e o atacante Malcom, revelado pelo Corinthians e que teve a negociação do Bordeaux com a Roma interceptada pelo Barça.
Principal candidato a atrapalhar as duas potências na La Liga, o Atlético de Madrid repôs a saída do lateral Vrsaljko com Arias, do Ajax, além de trazer o meia da seleção francesa Lemar e o atacante croata Kalinic. A equipe de Simeone também renovou com Griezmann, especulado no Barcelona antes de ser o terceiro melhor jogador do Mundial, e viu as referências Gabi e Fernando Torres irem para Ásia. Nas outras equipes tradicionais, se destacam a ida Aleix Vidal do Barça para o Sevilla e Batshuayi para o Valencia, que também perdeu Gonçalo Guedes e Andreas Pereira após o fim dos empréstimos. Sem novidades, a disputa do título deve ficar entre Barça, Real e Atlético.
Serie A
A liga italiana começa atraindo muitos olhares por conta de sua principal novidade: Cristiano Ronaldo, novo camisa 7 da Juventus. Buscando o título da Champions League, a atual campeã ainda gastou 80 milhões de euros nas compras de Douglas Costa (que estava emprestado pelo Bayern) e João Cancelo, fora as permanências de Chiellini, Pjanic e Dybala. Também garantiu Emre Can de graça e a volta de Bonucci, em negócio que envolveu as saídas de Caldara e Higuaín para o Milan. O time rossonero de Milão, mais modesto depois da saída do grupo chinês que o administrou na temporada passada, trouxe o goleiro Pepe Reina do Napoli e cedeu o zagueiro Gustavo Gómez ao Palmeiras.
Principal rival do Milan, a Inter foi ao mercado para garantir uma boa volta à Champions League. Contratou Nainggolan da Roma, Vrsaljko, De Vrij e Lautaro Martínez, promessa argentina do Racing. Por sua vez, a Roma apostou nos jovens Ante Coric e Justin Kluivert, além do meia Pastore, e vendeu o goleiro Alisson. Três outros brasileiros saíram: Bruno Peres (São Paulo) e Gerson (Fiorentina) por empréstimo e Leandro Castán para o Vasco. Por fim, o Napoli, último vice-campeão, trouxe o renomado treinador Carlo Ancelotti para quebrar o jejum de 28 anos sem um scudetto. Com ele, chegaram Fabián Ruiz do Bétis, Verdi do Bologna e Meret, goleiro ex-Udinese.
A Juventus, que ganhou as últimas sete edições, se reforçou para aumentar sua soberania nesta temporada. Na briga pela segunda posição, Internazionale e Roma têm a vantagem de dar sequência ao trabalho do último ano, ao contrário do Napoli, que começa a temporada com um novo treinador.
Bundesliga
Tal qual o campeonato francês, é muito difícil imaginar o título alemão indo para outro clube além do favorito. No caso da Bundesliga, é o Bayern de Munique. Agora comandado pelo croata Niko Kovac, o atual campeão trouxe apenas Alphonso Davies, canadense de 18 anos, e Goretzka, ex-Schalke, que repõe a perda de Vidal. Suficiente para um elenco que já tem Neuer, Hummels, Robben e Lewandowski, entre outros.
Maior candidato a tirar a primeira posição do Bayern, o Borussia Dortmund perdeu Schurrle para o Fulham, Sokratis para o Arsenal e Yarmolenko para o West Ham. Como reposição, chegaram os volantes Delaney e Witsel ― ambos disputaram a Copa por Suíça e Bélgica, respectivamente ― para fazer companhia a Reus e Pulisic. O Schalke 04, atual vice-campeão, perdeu o meia Max Meyer para o Crystal Palace. Quinto na temporada passada, o Bayer Leverkusen tem como principal reforço o atacante Paulinho, de 18 anos, revelação do Vasco da Gama. O RB Leipzig, que esteve na Champions na temporada passada, negociou seus destaques Keita e Bernardo (o último, brasileiro, para o Brighton da Inglaterra), e trouxe Matheus Cunha como reposição, que será parceiro de Timo Werner, titular da seleção alemã, no ataque.
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