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Ministro do Trabalho é afastado em nova operação contra fraudes em registros sindicais

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado Nelson Marquezelli

O ministro do Trabalho, Helton Yomura, em maio deste ano
O ministro do Trabalho, Helton Yomura, em maio deste anoJosé Cruz (Agência Brasil)
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A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, dia 5, nova fase da Operação Registro Espúrio, que investiga concessão irregular de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho. São cumpridos dez mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária, em Brasília e no Rio de Janeiro, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou a suspensão do exercício do cargo por autoridades. O ministro do Trabalho, Helton Yomura, foi afastado do cargo.

“A pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, serão impostas aos investigados medidas cautelares consistentes em proibição de frequentar o Ministério do Trabalho e de manter contato com os demais investigados ou servidores da pasta, bem como a suspensão do exercício do cargo”, informa nota divulgada pela PF. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP).

O Ministério do Trabalho não respondeu de imediato a um pedido de comentário da agência Reuters, e o Palácio do Planalto disse que não vai comentar. O deputado Marquezelli afirmou a repórteres nesta manhã que não tem “nada a temer”, e que foi informado pela PF que todos os deputados de seu partido serão investigados uma vez que a legenda administra o Ministério do Trabalho.

A Polícia Federal diz que a ação desta quinta-feira decorre de investigações e da coleta de material nas primeiras fases da Operação Registro Espúrio, que indicam a participação de novos suspeitos e “apontam que importantes cargos da estrutura do Ministério do Trabalho foram preenchidos com pessoas comprometidas com os interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas praticadas na pasta”.

A operação foi lançada no final de maio, quando a PF fez buscas em gabinetes da Câmara dos Deputados e nas sedes dos partidos PTB e Solidariedade, além de centrais sindicais.

*Com informações da Agência Brasil e da Agência Reuters

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