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Ex-bilionário Eike Batista é condenado a 30 anos de prisão por corrupção

Juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio, condena empresário por pagar propina a Sérgio Cabral

Eike Batista em depoimento à CPI do BNDES em novembro de 2017.
Eike Batista em depoimento à CPI do BNDES em novembro de 2017.Lula Marques/AGPT (Fotos Públicas)
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O juiz Marcelo Bretas, responsável pela operação Lava Jato no Rio, condenou o empresário e ex-bilionário Eike Batista a 30 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de fazer pagamentos indevidos no valor de 16,5 milhões de dólares ao ex-governador fluminense Sérgio Cabral, em 2011, e de tentar ocultar a propina, segundo informações da Agência Brasil.

Batista, que já foi considerado o homem mais rico do Brasil e o oitavo homem mais rico do mundo à frente inclusive de outro condenado pela Lava Jato, Marcelo Odebrecht, cumpre prisão domiciliar no Jardim Botânico, zona nobre do Rio, desde maio de 2017. O empresário chegou a ficar detido preventivamente em Bangu, dividindo cela de quinze metros com outros seis acusados de participar em esquemas de corrupção. Ele também terá que pagar uma multa de R$ 53 milhões, de acordo com o colunista Lauro Jardim.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, a fim de ocultar o pagamento a Cabral, o doleiro Renato Chebar criou uma offshore chamada Arcadia Associados, que assinou um contrato fictício com a empresa Centennial Asset Mining Fund, de Eike Batista, para a possível aquisição de uma mina de ouro.

No mesmo processo, também foi condenado o ex-governador Sérgio Cabral, a 22 anos e oito meses em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Essa foi a sexta condenação de Cabral em processos que apuram esquemas de corrupção no estado do Rio de Janeiro. O ex-governador já soma penas que ultrapassam 120 anos de prisão.

Outros condenados foram a ex-primeira dama Adriana Ancelmo (4 anos e seis meses); o ex-secretário Wilson Carlos (9 anos e 10 meses); o ex-braço direito de Cabral, Carlos Miranda (8 anos e 6 meses); e o braço-direito de Eike, Flavio Godinho (22 anos). O advogado de Eike Batista, Fernando Martins, informou, por meio de nota, que recorrerá da decisão.

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