_
_
_
_

Presidenta do Santander: “Há dez anos teria dito que não era feminista, hoje digo que sim”

Ana Botín reivindica "mais lugar" para as mulheres no mundo do trabalho e considera que "existe discriminação"

Elisa Silió
A presidenta do Banco Santander, Ana Patricia Botín, em Salamanca nesta segunda-feira
A presidenta do Banco Santander, Ana Patricia Botín, em Salamanca nesta segunda-feira JMGARCIA (EFE)
Mais informações
Feministas chilenas exigem nas ruas uma educação não sexista
Convidada da Flip, Maria Teresa Horta fundiu luta feminista à poesia
O Santander elege a filha de Botín como presidenta do grupo

Ana Patricia Botín, presidenta do Banco Santander, reivindicou nesta segunda-feira, dia 21, “mais lugar” para as mulheres no mundo do trabalho, especialmente nos postos de poder. “No Banco Santander, mais da metade dos funcionários é composta de mulheres, mas apenas 20% estão em cargos de direção. Algo não funciona”, explicou Botín. Quando lhe perguntaram se se considera feminista, Botín respondeu: “Se me tivesse feito essa pergunta há dez anos, teria dito que não e hoje digo que sim. Fui me dando conta de que existe discriminação e as mulheres precisam ser ajudadas, sobretudo pelos homens, que são os que mandam”, respondeu durante uma entrevista à Cadena SER.

Botín, que participa de um simpósio universitário em Salamanca organizado pela Universia — a plataforma educacional do Banco Santander —, afirmou que a igualdade entre homens e mulheres não é algo que se solucione “de um dia para o outro” e insistiu na necessidade de se continuar inovando com diversas técnicas, como a discriminação positiva ou que na hora de indicar pessoas para postos de direção os dois candidatos finais sejam um homem e uma mulher. “Eu me reúno com mulheres, fazemos uma porção de estudos e vemos o que está sendo feito em outras empresas”, comentou Botín, que fixou como meta para 2025 que em seu banco as mulheres cheguem a ocupar 30% dos postos de direção. “Os homens ganham se as mulheres têm mais responsabilidade. É um bom negócio. Não temos escolha”, concluiu.

Em abril, a presidenta criticou em sua conta de Twitter a sentença judicial do caso La Manada, em que cinco homens foram condenados a nove anos de prisão pelo estupro coletivo de uma jovem durante a festa de São Firmino em 2016. “O veredito é um retrocesso para a segurança das mulheres”, publicou Botín, que ressaltou que respeita a decisão judicial e sua independência, mas que naquele momento sentiu “a necessidade de dizer algo como mulher e como cidadã”.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_