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Sete policiais mortos e 10 presos feridos em uma rebelião em cadeia do México

Incidente ocorreu no presídio estadual de La Toma, localizado no município montanhoso de Amatlán de Los Reyes, no Estado de Veracruz

Policiais Federais montam guarda nas imediações do presídio de La Toma.
Policiais Federais montam guarda nas imediações do presídio de La Toma.Edgar Ávila (EFE)
Elías Camhaji

O caos voltou a entrar nas prisões do México. Sete policiais morreram e pelo menos dez presos ficaram feridos na noite de sábado e madrugada de domingo em uma rebelião ocorrida em uma penitenciária do Estado de Veracruz, de acordo com informações das autoridades locais. A polícia estadual e as forças federais já recuperaram o controle da prisão, em uma operação que contou com a participação de aproximadamente 200 agentes.

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A rebelião começou às 22h de sábado (24h de Brasília), no presídio estadual de La Toma, localizado no município montanhoso de Amatlán de Los Reyes, no sudeste do México. Os 1.300 detentos pediam a destituição do diretor e do chefe dos guardas da prisão. O conflito entre os presos e os funcionários da cadeia ocorria há vários dias, com queixas e cartazes em protesto pelas condições de encarceramento que supostamente não foram atendidas. Do lado de fora do presídio foram vistas colunas de fumaça, o que alertou as autoridades e fez com que os familiares dos internos se dirigissem ao local, de acordo com a imprensa local.

Agentes do grupo antimotim da Secretaria de Segurança Pública de Veracruz entraram na prisão para tentar controlar a revolta dos internos, acusados de diversos delitos, tanto de foro comum como federal. O Governo mexicano, em um comunicado de imprensa, informou que ao entrar os policiais foram repelidos pelos presos que haviam se apoderado de algumas ferramentas da carpintaria e atearam fogo em colchões. Outros civis que estavam dentro da cadeia tiveram que ser retirados e atendidos por membros da Cruz Vermelha.

O saldo preliminar de sete policiais mortos foi informado pelas autoridades na manhã de domingo. A queima de colchões “pode ter provocado a asfixia” dos agentes, mas ainda não se sabe com certeza a causa das mortes. Peritos da Promotoria Geral do Estado ainda analisam o falecimento dos agentes. Pelo menos 10 presos ficaram feridos durante a operação.

Fora da prisão, forças da Polícia Federal, Marinha do México, Polícia Estadual e Polícia Militar guardavam as instalações para evitar que parentes dos presos entrassem nela. Familiares dos prisioneiros discutiram com os agentes e exigiram que o governador do Estado, Miguel Ángel Yunes, fosse ao local para informar sobre a situação. O Estado mexicano de Veracruz esteve submerso em uma espiral de violência na última década pela presença de quadrilhas de traficantes de drogas.

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