_
_
_
_
_

Desenho de Tintim e Milu é vendido por 500.000 euros

Aquarela de Hergé para ‘O Cetro de Otokar’ foi leiloada em Paris

O desenho de Tintim leiloado em Paris.
O desenho de Tintim leiloado em Paris.HERGE / MOULINSART / HANDOUT (EFE)

Um desenho colorido de Tintim e Milu, realizado por Hergé para a publicação O Centro de Otokar, foi vendido neste sábado, em Paris, por mais de meio milhão de euros (1,9 milhão de reais), informou à AFP a casa Artcurial, organizadora de vendas dedicadas ao “universo do criador de Tintim”, que incluem álbuns raros, desenhos originais e objetos diversos, como litografias, estatuetas e brinquedos.

Mais informações
O Diário de Anne Frank em quadrinhos
Por que Mulher Maravilha é a primeira super-heroína que busca a igualdade entre homens e mulheres
Disney, a fábrica dos sonhos animados
Como a Pixar usa a matemática para criar personagens apaixonantes

Esse desenho em aquarela com nanquim (20,5 x 21 cm) representa Tintim e Milu, escoltados por um mordomo, no palácio real de Sildávia, reino imaginário onde se passa a ação de O Centro de Otokar. Foi utilizado como ilustração para a capa da edição Petit Vingtième, de 14 de fevereiro de 1939. Além disso, duas tirinhas de A Estrela Misteriosa, publicadas em 1941 no jornal belga Le Soir, foram adquiridas por 381.000 euros (1,4 milhão de reais).

Para Eric Leroy, especialista em quadrinhos da Artcurial, “as obras originais de Tintim são cada vez mais raras nos leilões, especialmente as dos anos 1930 e 1940”. Hergé possui a maioria dos recordes de vendas de originais de quadrinhos.

Tintim é um gibi único, não apenas porque vendeu 215 milhões de exemplares em 70 idiomas, mas também porque, somente na França, continua vendendo mais de meio milhão de exemplares por ano. Além disso, pagam-se quantias exorbitantes por qualquer original de Hergé que seja oferecido – o recorde cabe aos desenhos das folhas de rosto dos álbuns entre 1937 e 1958, que alcançaram 2,6 milhões de euros (9,8 milhões de reais) num leilão em 2014; naquela mesma semana, um colecionador desembolsou 24.800 euros (94.200 reais) por uma edição original de A Orelha Quebrada (1937). A qualidade dos desenhos e a gigantesca influência que a linha clara teve sobre as histórias em quadrinhos posteriores – e sobre as artes gráficas em geral – também ajudam a explicar sua singularidade. Mas, acima de tudo, Tintim não tem equivalente pela relação única que estabelece com seus leitores.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_