O governo espanhol também anunciou não vai reconhecer, na Venezuela, "uma Assembleia Constituinte que não seja resultado de um amplo consenso nacional, eleita de acordo com regras democráticas, o sufrágio universal igual livre, direto e secreto", segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores
Ainda que na última reunião do Mercosul, o tom mais ameno com Maduro tenha sido tomado por influência do Uruguai, neste domingo, tanto Argentina como o Brasil voltaram a se manifestar duramente. Em nota, o Itamaraty disse que a votação deste domingo " viola o direito ao sufrágio universal, desrespeita o princípio da soberania popular e confirma a ruptura da ordem constitucional na Venezuela". A nota termina pedindo diálogo, mas um papel relevante do Brasil na crise é considerado improvável, em especial pelos problemas de legitimidade atribuídos ao Planalto após o impeachment e pelas duras críticas já feitas ao chavismo no passado.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, também se manifestou: “Esta Assembleia Constituinte tem uma origem ilegítima e por isso não reconheceremos os resultados. Na mesma linha se manifestou o Governo do Peru.
Os EUA se une aos países que não reconhecerão os resultados da eleição deste domingo: "A eleição falsa de Maduro é mais um passo para a ditadura. Nós não vamos aceitar um governo ilegítimo ", twittou sua representante na ONU, Nikki Haley
A coalizão de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD), diz que pelo menos 14 pessoas foram mortas em protestos neste domingo. A versão oficial, do Ministério Público, indica que foram oito mortes ]
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente da Venezuela Nicolás Maduro conclama os venezuelanos a irem às urnas para participar do que chamou de “momento histórico”. Segundo ele, o pleito de hoje foi “uma jornada exitosa, de grande participação popular"
A oposição da Venezuela, reunida na Mesa da Unidade Democrática (MUD), disse que a eleição realizada hoje teve "apoio zero" e que, quando restavam poucas horas para o encerramento da votação, só 7% dos eleitores haviam votado. O porta-voz da MUD e presidente do parlamento, Julio Borges, estimou que "não mais de um milhão e meio de pessoas" votaram hoje
O líder da oposição Henrique Capriles afirmou em seu Twitter que o número de mortos hoje na Venezuela chega a 13
Na cidade de La Grita, Estado de Táchira, o oficial da Guarda Nacional Ronald Ramirez Rosales foi morto com um tiro no rosto. O Ministério Público diz que hoje sete pessoas morreram em toda a Venezuela. Trata-se do dia de votação mais sangrento na história eleitoral do país
Sete policiais venezuelanos ficaram feridos após a explosão de motocicletas da Polícia Nacional e de civis nas proximidades de um protesto em Caracas
O opositor venezuelano Henrique Capriles sobe no Twitter fotos de centros de votação vazios.
Neste domingo, o Ministério Publico confirmou o falecimento de Angelo Méndez, de 28 anos, e de Eduardo Olave, de 39, em um suposto ataque da oposição a um colégio eleitoral na província andina de Mérida.
Policiais ficaram feridos após explosão durante protesto da oposição em Caracas, segundo a agência Reuters.
A presidenta do Conselho Nacional Eleitoral destacou que 99,5% dos centros de votação paras as eleições da Assembleia Nacional Constituinte estão abertos. "As pessoas estão participando, saindo de casa para expressar sua soberania através do voto", afirmou.
O Ministério Público confirma que Ricardo Campos, de 30 anos, morreu em circunstâncias que estão sob investigação, enquanto o deputado da oposição Henry Ramos Allup informou que era secretário juvenil de seu partido, o Ação Democrática, que morreu em um disparo