Copresidente da Fox News renuncia diante de denúncias de assédio sexual
Bill Shine era aliado do ex-presidente do canal, que deixou o cargo depois das denúncias de abuso
Em um novo episódio da crise que sacode a Fox News, Bill Shine, copresidente da rede de TV, pediu demissão nesta segunda-feira em meio à enxurrada de alegações de assédio sexual contra o canal de notícias mais visto nos Estados Unidos, que também é referência para a direita.
Shine, que trabalhava desde 1996 na programação da rede, ocupava o posto de copresidente da Fox News desde julho de 2016, data da renúncia de Roger Ailes, então presidente do canal de notícias, após ser acusado de abuso por parte de várias funcionárias.
A renúncia de Shine acontece poucas semanas depois de a Fox demitir o âncora Bill O’Reilly, principal estrela do canal, após as revelações de que a empresa havia pagado indenizações milionárias devido às alegações de assédio sexual contra o jornalista. Ambos negaram qualquer má conduta.
“Bill [Shine] tem desempenhado um papel enorme na construção da Fox News como o maior e mais importante canal a cabo nacional na história desta indústria. Sua contribuição ao nosso canal e ao nosso país ressoará por muitos anos", disse em um comunicado Rupert Murdoch, presidente-executivo da 21st Century Fox, a holding que controla o grupo.
Shine era aliado de Ailes e, segundo uma das funcionárias que moveram processo, também um de seus protetores na rede contra as queixas de abuso. Com a saída de Shine, que será formalizada nas próximas semanas, a Fox News tenta enviar a mensagem de que cumpre sua promessa de acabar com o clima de tolerância diante dos assédios sexuais e misoginia que predominam no canal.
Murdoch, de 86 anos, transferiu o controle do dia a dia da Fox News a seus dois filhos, que defendem uma política mais agressiva.
A Fox chegou a pagar 13 milhões de dólares (cerca de 41 milhões de reais) para pelo menos cinco mulheres desde 2002 por suposto comportamento abusivo de O’Reilly, a fim de evitar processos judiciais que manchassem sua reputação. Muitas dessas indenizações foram secretas.
Em setembro passado, a Fox pagou uma indenização de 20 milhões de dólares a Gretchen Carlson, a veterana apresentadora que em 2016 acusou a rede de tê-la despedido por rejeitar as insinuações sexuais de Ailes, que renunciou depois do ocorrido.
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