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Aeroporto de Congonhas vira arena de manifestantes pró e anti-PT

De um lado, fogos de artificio. Do outro, massa de militantes do PT, que tomou salão do aeroporto. Clima ficou tenso e exigiu a presença da polícia

Manifestantes anti-PT em Congonhas.
Manifestantes anti-PT em Congonhas. A. Oliveira
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O aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, virou uma arena política na manhã desta sexta-feira depois que se confirmou o depoimento do ex-presidente Lula no escritório da Polícia Federal que fica dentro do terminal. Manifestantes contra e a favor do PT chegaram à porta do escritório da PF. Prevaleciam os antipetistas celebrando como se fosse uma final de campeonato, gritando “Ei, PT vai tomar no cu”. De outro lado, o grupo do defensores do expresidente tentava fazer um contraponto. “É uma prisão política”, afirmou um deles. Mas, os ânimos se acirraram e houve tumulto que obrigou a presença da Polícia Militar, que estendeu um cordão de isolamento para evitar a Guerra das duas “torcidas”.

Assim que terminou o depoimento do ex-presidente, militantes pró-Lula saíram do saguão do aeroporto e seguiram para a entrada do Pavilhão das Autoridades, do lado de fora do terminal. No caminho, cruzaram com pessoas que gritavam de dentro de seus carros palavras de incentivo ao trabalho da Polícia Federal. Houve confronto e troca de xingamentos. Ciente da movimentação, o ex-ministro do Esporte e atualmente deputado federal Orlando Silva, que foi ao local apoiar Lula, saiu na janela do prédio onde fica o pavilhão e pediu calma. 

Passageiros que desembaracavam no aeroporto e se deparavam com a algazarra filmavam com seus celulares as cenas. Helicópteros da imprensa, bonecos do Pixuleco, e até fogos de artifícios se ouviam no local. Entre os que passavam pelo saguão e foram surpreendidos pela confusão estava Renato Oliveira, 28 anos. Ele contou que a família inteira votou em Lula em 2002, mas está decepcionado com a corrupção. "A Bolsa Família foi só um jeito de roubar. Não acredito nos dados da ONU que mostram que o Brasil saiu do mapa da fome." Para Oliveira, neste momento nenhum órgão oficial ou de imprensa é confiável. "Só confio em (Sérgio) Moro" (juiz federal que conduz os processos da operação Lava Jato), diz.

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