Bill Gates incentiva Apple a colaborar com o FBI em casos de terrorismo
É o único líder do mundo tecnológico que critica a negativa de acesso ao iPhone do assassino

Bill Gates posicionou-se a favor do FBI na petição à Apple para desbloquear e conceder acesso ao iPhone usado por um dos dois autores do tiroteio de dezembro em San Bernardino (Califórnia), no qual morreram 14 pessoas. O empresário disse que "as empresas de tecnologia devem ser forçadas a cooperar com as autoridades nas investigações sobre terrorismo", informa o Financial Times.
O fundador de Microsoft se mostrou em desacordo com Tim Cook, o CEO de Apple, que se negou a modificar o sistema operacional de seus telefones e tablets para que as autoridades possam ter acesso aos dados do iPhone 5, o modelo que usava o assassino. E sublinhou que não se tratava de uma "porta traseira" — em inglês se chamam backdoor certos atalhos nos programas para poder acessar dados.
"Trata-se de um caso particular em que o Governo está pedindo acesso a um terminal. Não é algo geral", disse Gates, que continua: "Não é muito diferente de um caso em que alguém peça à companhia de telefone ajuda porque ninguém é capaz de chegar aos registros bancários. Digamos que o banco tenha atado uma fita ao redor da unidade de disco e diz 'não me faça cortar essa fita porque me fará cortá-la muitas vezes".
A postura de Gates o distingue do resto da indústria da tecnologia, incluindo a companhia que fundou. Satya Nadella, chefe de Microsoft, não fez comentário públicos sobre o assunto, mas um porta-voz da multinacional com sede em Seattle assinalou em um comunicado da organização Reform Government Surveillance, da que é membro, que se opunha à ordem do FBI.
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