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França aponta belga foragido na Síria como organizador de ataques em Paris

Abdelhamid Abaaoud se vangloria de ter escapado das forças de segurança da UE

Belén Domínguez Cebrián
Abdelhamid Abaaud, em fotografia divulgada em fevereiro deste ano.
Abdelhamid Abaaud, em fotografia divulgada em fevereiro deste ano.AFP

Além de Salah Abdeslam, o suposto terrorista mais procurado após os atentados de Paris e que nesta terça-feira se pensava estar no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, as autoridades francesas e belgas informaram que existe uma outra pessoa que teve um papel crucial nos ataques e que morava no mesmo bairro, tendo porém já fugido para a Síria: Abdelhamid Abaaud.

As autoridades francesas afirmam que Abaaud é o cérebro por trás do massacre da última sexta-feira, embora a promotoria belga não tenha conhecimento disso. Acredita, mais, que os autores possam ter se inspirado em seus ensinamentos durante a temporada de treinamento nas fileiras do Estado Islâmico (EI) na Síria. Ali, ele chegou a cooptar seu irmão menor, Younès, de 13 anos.

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Esse belga de origem marroquina foi condenado a 20 anos de prisão em julho passado por liderar um grupo terrorista, mas na ocasião ele já havia fugido. O homem, de 27 anos, liderava a célula de Verviers, cidade belga que foi alvo de uma espetacular operação, em janeiro, para desmantelar esse grupo, ao qual eram atribuídas intenções de realizar ataques iminentes.

Os serviços belgas de segurança identificaram Abaaud, também chamado de Abu Umar al-Baljiki, em um vídeo do EI no qual ele era visto dirigindo um veículo da organização enquanto transportava cadáveres para uma fossa comum. Ainda assim, ele se vangloria de ter escapado das forças policiais de diferentes países. “Durante toda a minha vida, vi o sangue dos muçulmanos ser derramado. Rezo para que Alá liquide os seus opositores [...] Peço que sejam exterminados”, afirmou o jihadista em vídeo divulgado em 2014.

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