Após ajuda russa, regime sírio recupera cidades estratégicas
Estados Unidos fornecem munição por via área aos rebeldes

A ofensiva aérea realizada por aviões russos já está influenciando a luta entre o regime de Bashar al Assad e as forças rebeldes. Segundo o Governo sírio, após cerca de 30 bombardeios de caças russos a estratégica localidade de Kafer Nabuda, na divisa entre as províncias de Hama e Idlib, foi recuperada pelas tropas do Exército sírio e por combatentes da milícia xiita libanesa Hezbollah, aliada de Assad. O controle de Kafer Nabuda é vital para atacar posições insurgentes junto à rodovia M5, que atravessa o país da fronteira com a Jordânia, ao sul, até Aleppo, no norte.
O Exército sírio também informou na segunda-feira que suas tropas recuperaram outras quatro localidades na província de Hama e a cidade de Jub al Ahmar, em Latakia. Essa região, bastião da cúpula do Governo, é uma das prioridades na estratégia militar de Assad, com a qual a Rússia vem contribuindo com o apoio aéreo. O controle de Jub al Ahmar abre o caminho para o regime na batalha pela fértil planície de Ghab, entre Hama, Idlib e Latakia, essencial para os interesses de Damasco na faixa oeste da Síria. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres e informantes no terreno, relatou que tanto em Kafer Nabuda como em Jub al Ahmar as hostilidades prosseguem.
EUA lança munição
Em outra frente da guerra síria, a coalizão militar liderada por Washington contra o Estado Islâmico (EI) lançou no domingo munição por via aérea a forças rebeldes que combatem o grupo jihadista no norte da Síria.
O lançamento foi “bem-sucedido” e incluiu munição para armas pequenas, segundo nota divulgada na segunda-feira por um porta-voz do Pentágono, acrescentando que os EUA selecionaram previamente os líderes desses grupos para garantirem que eles não têm laços com extremistas. A nota, no entanto, não revela quais grupos foram ajudados, qual foi a munição atirada e qual a localização exata dessas forças.
Até agora, o único suprimento aéreo anunciado publicamente pelos Estados Unidos havia consistido em armas e ajuda médica a tropas curdas que combatiam o EI em Kobane, uma cidade na fronteira com a Turquia, de onde os jihadistas haviam sido expulsos em janeiro por combatentes rebeldes e milicianos curdos.
Tudo indica que essa será uma prática cada vez mais difundida sob a nova estratégia anunciada na sexta-feira pelo Departamento de Defesa dos EUA. Por causa das dificuldades de recrutamento e dos ataques sofridos, o Governo de Barack Obama decidiu deixar de treinar o seu próprio contingente de insurgentes moderados. O foco agora é filtrar os líderes de unidades rebeldes já existentes, dando treinamento e armas aos que forem considerados confiáveis.
Paralelamente, uma força curda anunciou na segunda-feira uma aliança com rebeldes árabes para iniciar uma ofensiva contra o EI na província de Raqa, o principal feudo jihadista no norte da Síria. Os combatentes curdos disseram que esperam receber armamento norte-americano.
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