Dilma é vaiada de novo na final da Copa do Mundo
O rechaço foi menor do que na abertura, mas obrigou a presidenta a entregar a taça em questão de segundos, sem um sorriso no rosto
![Carla Jiménez](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/https%3A%2F%2Fs3.amazonaws.com%2Farc-authors%2Fprisa%2F20ea962c-a0d1-4a74-b049-db0f49bc3b76.png?auth=ff98cc93b1f217685cffa2d9598f5373746f26c77075e3b275a19d41d7b9d77b&width=100&height=100&smart=true)
![Dilma Rousseff entrega a Copa ao capitão alemão Philip Lahm.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/OQMB4JFXQRSEOOSLAL44KB26UU.jpg?auth=7ffe02fb52cfc97cde23fa44a4a7edbf69f05ec3bad1b393d36f38c584c0b4d0&width=414)
A presidenta Dilma Rousseff sabia que estaria pisando em campo minado quando chegasse à final da Copa do Mundo, tanto que não se mostrava com “aquela vontade” de entregar a taça aos vencedores. Enquanto cumprimentava os jogadores depois da partida, ouviam-se vaias quando ela aparecia no telão. Haviam dúvidas se as vaias eram dirigidas a Joseph Blatter, presidente da FIFA, que estava ao lado da mandatária brasileira nesse momento.
Mas, quando entregou a taça ao capitão alemão Philip Lahm, foi evidente o rechaço da torcida presente no Maracanã, que ensaiou inclusive um “vai tomar no cu”. Rousseff entregou a taça em questão de segundos, aparentemente para reduzir o constrangimento. A presidenta não sorria, o que deixa entrever o incômodo com a situação.
Rousseff assistiu ao jogo entre a Alemanha e Argentina da tribuna, ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, de Blatter, e do presidente russo, Vladimir Putin. Manteve-se séria, mas as câmeras captaram em alguns momentos que ela estava envolvida com o jogo.
Pouco antes do início do jogo, a assessoria da presidência da República divulgou uma carta de Rousseff sobre a realização do evento. “O Brasil se orgulha muito por ter sido, mais uma vez, palco da celebração maior do futebol, esse esporte que tanto nos encanta e emociona. Nos últimos 30 dias, o mundo esteve conectado ao Brasil, assistindo jogos emocionantes, celebrando quase duas centenas de gols, se surpreendendo com resultados inesperados. Muita emoção foi vivida nos estádios e em todas as 12 cidades sede, fazendo deste campeonato a Copa das Copas”, escreveu.
Na sexta-feira, em reunião com jornalistas de veículos internacionais, ela celebrava o fato de nenhuma profecia negativa ter se confirmado sobre a organização da Copa, uma vez que os incidentes com os turistas e com a realização dos jogos foram mínimos. Depois de uma queda nas pesquisas eleitorais, na véspera do início do Mundial, ela chegou a recuperar alguns pontos, enquanto o clima de festa estava no auge, com a organização fluindo bem, e com a seleção brasileira avançando na Copa. Num levantamento divulgado pelo instituto Datafolha, no dia 2 de julho, ela chegou a subir quatro pontos nas pesquisas, passando de 34% para 38% das intenções de votos.
Subiu também o número de brasileiros que apoiavam a Copa do Mundo, que passou de 51% nos primeiros dias de junho, para 63% no início de julho, segundo o instituto Datafolha.
A eliminação da seleção pela Alemanha, no dia 4, e a derrota contra a Holanda, neste sábado, dia 12, baixou a moral da torcida, que começou a despejar as frustrações em novos protestos, como o que aconteceu neste domingo, no Rio de Janeiro. Sobre a possibilidade da retomada dos protestos depois da Copa, Rousseff limitou-se a dizer: “Vivemos aqui numa democracia”, disse.
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