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Dilma é vaiada de novo na final da Copa do Mundo

O rechaço foi menor do que na abertura, mas obrigou a presidenta a entregar a taça em questão de segundos, sem um sorriso no rosto

Carla Jiménez
Dilma Rousseff entrega a Copa ao capitão alemão Philip Lahm.
Dilma Rousseff entrega a Copa ao capitão alemão Philip Lahm.F. C. (afp)

A presidenta Dilma Rousseff sabia que estaria pisando em campo minado quando chegasse à final da Copa do Mundo, tanto que não se mostrava com “aquela vontade” de entregar a taça aos vencedores. Enquanto cumprimentava os jogadores depois da partida, ouviam-se vaias quando ela aparecia no telão. Haviam dúvidas se as vaias eram dirigidas a Joseph Blatter, presidente da FIFA, que estava ao lado da mandatária brasileira nesse momento.

Mas, quando entregou a taça ao capitão alemão Philip Lahm, foi evidente o rechaço da torcida presente no Maracanã, que ensaiou inclusive um “vai tomar no cu”. Rousseff entregou a taça em questão de segundos, aparentemente para reduzir o constrangimento. A presidenta não sorria, o que deixa entrever o incômodo com a situação.

Rousseff assistiu ao jogo entre a Alemanha e Argentina da tribuna, ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, de Blatter, e do presidente russo, Vladimir Putin. Manteve-se séria, mas as câmeras captaram em alguns momentos que ela estava envolvida com o jogo.

Pouco antes do início do jogo, a assessoria da presidência da República divulgou uma carta de Rousseff sobre a realização do evento. “O Brasil se orgulha muito por ter sido, mais uma vez, palco da celebração maior do futebol, esse esporte que tanto nos encanta e emociona. Nos últimos 30 dias, o mundo esteve conectado ao Brasil, assistindo jogos emocionantes, celebrando quase duas centenas de gols, se surpreendendo com resultados inesperados. Muita emoção foi vivida nos estádios e em todas as 12 cidades sede, fazendo deste campeonato a Copa das Copas”, escreveu.

Na sexta-feira, em reunião com jornalistas de veículos internacionais, ela celebrava o fato de nenhuma profecia negativa ter se confirmado sobre a organização da Copa, uma vez que os incidentes com os turistas e com a realização dos jogos foram mínimos. Depois de uma queda nas pesquisas eleitorais, na véspera do início do Mundial, ela chegou a recuperar alguns pontos, enquanto o clima de festa estava no auge, com a organização fluindo bem, e com a seleção brasileira avançando na Copa. Num levantamento divulgado pelo instituto Datafolha, no dia 2 de julho, ela chegou a subir quatro pontos nas pesquisas, passando de 34% para 38% das intenções de votos. 

Subiu também o número de brasileiros que apoiavam a Copa do Mundo, que passou de 51% nos primeiros dias de junho, para 63% no início de julho, segundo o instituto Datafolha.

A eliminação da seleção pela Alemanha, no dia 4, e a derrota contra a Holanda, neste sábado, dia 12, baixou a moral da torcida, que começou a despejar as frustrações em novos protestos, como o que aconteceu neste domingo, no Rio de Janeiro. Sobre a possibilidade da retomada dos protestos depois da Copa, Rousseff limitou-se a dizer: “Vivemos aqui numa democracia”, disse.

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