Amarelo em Brasília, cinza em São Paulo
O dia em que a seleção disputará a terceira colocação houve um contraste em duas das principais cidades do país
Apesar do 7 a 1 contra a Alemanha na semifinal, nas ruas de Brasília havia diversos torcedores uniformizados com a camiseta canarinha para assistir a disputa entre Brasil e Holanda pela terceira colocação na Copa do Mundo. "Já tinha o ingresso comprado e não queria ver o Brasil hoje. Mas vamos torcer independentemente do que aconteceu. Agora, temos que lutar por uma despedida digna da Copa", diz o torcedor Nelson Bravo, consultor do Rio de Janeiro. Em São Paulo, havia um contraste.
"Futebol é isso, um dia se ganha e no outro se perde. Se tivesse perdido numa disputa de pênalti seria ainda pior", diz o mineiro Gilberto Ribeiro, que veio à capital para assistir ao jogo com bom humor. Trajava uma faixa preta - "pois estou de luto há quatro dias", brincou.
A Esplanada dos Ministérios e a praça dos três poderes também estavam repletas de turistas com a camisa do Brasil e de clubes brasileiros em um dia de sol forte e céu limpo na cidade.
Entre os torcedores, estava o ex-atleta Maurício, levantador da seleção de vôlei bicampeão mundial olímpico. "O sentimento é de tristeza em um primeiro momento mas temos de dar a volta por cima", diz ele. "Já passei por isso como atleta. Na hora do jogo, o importante é tirar forças de onde achamos que não temos para ganhar o terceiro lugar", completou.
No aeroporto da cidade, estava Rafael Eiras, que foi a oito jogos da Copa. Inclusive na fatídica derrota contra os alemães no Mineirão. "Foi triste. E foi a única partida em que presenciei brigas porque as pessoas ficaram muito nervosas com a derrota", diz ele, lembrando de uma briga de um casal em que a mulher praticamente culpava o parceiro pela derrota do Brasil. Eiras veio com uma faixa onde se lê "Thank you for coming, see you soon", para uma despedida mais generosa aos visitantes que estiveram no país.
Fim do sonho
Enquanto isso, em uma das metrópoles mais mal humoradas brasileiras as pessoas olhavam com um certo estranhamento para quem usava o uniforme da equipe de Luiz Felipe Scolari. Em um trajeto de cinco quilômetros, entre o centro e a zona oeste de São Paulo, apenas duas pessoas vestiam a camiseta da seleção, uma delas era o repórter que fez o percurso.
As bandeiras que antes eram ostentadas nos prédios e nas janelinhas dos carros, começaram a sumir. Nem parecia que hoje haveria um jogo do Brasil na Copa. O clima também não ajudou, o céu estava um tanto nublado e o termômetro cravava os 18ºC. Era o fim de um mês que tinha tudo para ser o melhor do ano.
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