“Não tenho o que explicar”
O técnico descreve os seis minutos nos que Klose, Kroos e Khedira acabaram com o Brasil como um "pesadelo"
“Tomamos o primeiro gol de bola parada em 20 e poucos jogos. Foram seis minutos de pesadelo”. Desta maneira, Felipe Scolari, técnico da seleção brasileira, tentou explicar a derrota esmagadora no jogo contra a Alemanha (1 X 7) na semifinal do Mundial. Seis minutos de pesadelo nos quais apareceram Klose, Kroos (duas vezes), e Khedira. "Se eu pudesse responder, com consciência, sobre o que aconteceu naqueles seis minutos, responderia. Mas eu também não sei", assegurou em uma coletiva de imprensa que não estava prevista, o que deu motivo para uma especulação sobre sua possível renúncia. Não ocorrerá, pelo menos até que neste sábado o Brasil jogue pelo terceiro lugar contra a Holanda. "Nós temos um compromisso até o final do Mundial com a direção da CBF. Não vamos discutir [sua continuidade na seleção] antes do jogo de sábado."
O técnico, campeão do mundo em sua primeira etapa com o Brasil, fez questão de dar voltas a esse momento no qual o esquema de Löw eclodiu em Belo Horizonte, no qual o exuberante ritmo ofensivo imposto por Kroos, Khedira e companhia acabou de repente com o sonho brasileiro de levantar uma taça em casa. "[Foi] uma pane geral. Ninguém entendia. E, quando ninguém se entendia, a equipe da Alemanha, que é boa, aproveitou a oportunidade. Eu não tenho como explicar”, argumentou.
Felipão fez questão de encontrar algo positivo sobre a participação do Brasil em seu Mundial. “O trabalho não foi ruim, o resultado foi ruim”, enfatizou. "Não podemos terminar a vida, principalmente dos nossos jogadores", disse o técnico, enquanto pedia que se olhasse para frente: "Eles serão os jogadores que continuarão trabalhando pelo Brasil. Provavelmente, muitos desses jogadores, 70% no mínimo, estarão em 2018 com a seleção".
Depois da partida, ainda no Mineirão, Scolari ficou na frente do pelotão e lançou a mensagem de que o único responsável pelo resultado era ele. Fez isso quando os olhos vermelhos dos jogadores ainda estavam inundados de lágrimas. "Os jogadores querem dividir comigo essa derrota. Mas quem convoca, quem escala e quem escolhe a forma de jogar sou eu. Então, sou o responsável."
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