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EUA reabrem fronteiras aos vacinados após 20 meses de restrições: confira os requisitos para viajar

Os estrangeiros que desejarem visitar o país deverão ter recebido alguma das vacinas admitidas pela OMS ou pela FDA, embora haja exceções

Passageiros no aeroporto de Heathrow, no Reino Unido.
Passageiros no aeroporto de Heathrow, no Reino Unido.HENRY NICHOLLS (Reuters)
Antonia Laborde

Depois de 20 meses, os Estados Unidos suspendem hoje as restrições de viagem aos estrangeiros, que deverão cumprir uma série de requisitos sanitários devido à pandemia do coronavírus. Os novos critérios beneficiam turistas procedentes de União Europeia, Reino Unido, China, Índia e Brasil, que até agora tinham entrada proibida, mas prejudica os viajantes oriundos de países que foram imunizados com vacinas não admitidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou pela FDA, a agência federal de alimentos e medicamentos dos EUA. Confira as condições que os estrangeiros devem satisfazer se quiserem viajar aos EUA sem ter uma surpresa na porta de embarque.

É obrigatório ter sido vacinado?

Sim. Antes de viajar, os estrangeiros devem apresentar aos funcionários da companhia aérea o certificado de vacinação com as doses completas, seja em formato digital ou papel. Deverão ter recebido duas semanas antes a dose única da Johnson & Johnson, ou a segunda de qualquer das outras marcas.

Só é preciso apresentar o certificado de vacinação?

Não. Os turistas devem mostrar um PCR negativo realizado até três dias antes do embarque. Se a pessoa foi infectada recentemente, pode apresentar um certificado de recuperação da covid-19 realizado até 90 dias antes de tomar o primeiro voo com destino aos EUA, além de uma carta de um profissional de saúde indicando que ela foi autorizada a viajar. O Departamento de Estado informa que também serão aceitos os testes de amplificação de ácido nucleico molecular (NAAT, na sigla em inglês) e os testes de antígenos.

Haverá exceções?

Sim. Os menores de 18 anos e os viajantes de países com uma taxa de vacinação inferior a 10% em virtude da falta de disponibilidade de vacina poderão entrar sem estar inoculados (a OMS atualiza a lista em que figuram cerca de 50 países). O Governo dos EUA esclareceu que estes últimos precisam ter uma razão “específica e convincente” para querer entrar no país. Não precisarão apresentar certificado de vacinação, mas deverão mostrar um teste negativo de covid-19 realizado um dia antes de viajar, salvo para os menores de dois anos.

Há exceções por questões médicas?

Sim. Será aceita a entrada de adultos não vacinados que tenham contraindicações médicas, como alergias, para receber uma vacina. Também podem entrar as pessoas que viajam por motivos de emergência ou razões humanitárias, como os pacientes de tratamentos médicos dos quais suas vidas dependem.

Os EUA aceitam qualquer vacina?

Não. Apenas as vacinas autorizadas pela FDA ou pela OMS. Porém, todas as aplicadas no Brasil estão entre as aceitas: Pfizer-BioNTech, Johnson & Johnson/Janssen, AstraZeneca e CoronaVac (Sinovac) —além dos imunizantes da Sinopharm e Moderna. Este requisito exclui centenas de milhões de pessoas de lugares como Índia, Rússia, México e Argentina, que receberam vacinas de outras marcas, como a Sputnik V.

Devo solicitar o ESTA?

Sim. Os viajantes podem solicitar o Sistema Eletrônico para a Autorização de Viagem (ESTA, na sigla em inglês), inclusive antes de reservar o voo. O formulário, que reúne dados sobre a história médica e os possíveis antecedentes penais do passageiro, é exigido pelo Departamento de Segurança Nacional dos EUA. A autorização digital de viagem para quem viaja a turismo e negócio pode ser pedida pela internet e se aplica a permanências de até 90 dias. Vale por dois anos, a menos que o passaporte do interessado vença antes.

Quais são as normas para os norte-americanos não vacinados?

Os norte-americanos que viajarem do exterior e não estiverem imunizados deverão realizar um teste negativo de covid-19 antes de retornar ao país, além de mostrar documentação indicando que compraram um teste para ser feito depois da sua chegada.

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