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López Obrador pede a integração comercial e o fim dos bloqueios na América Latina

Reunião da Celac no México mostra as discrepâncias entre os países sobre a organização da região

Mandatarios y representantes de los países asistentes a la sexta cumbre de la CELAC en México
Presidentes e chanceleres da América Latina e do Caribe que estiveram na cúpula da Celac na Cidade do México.HANDOUT (AFP)
Sonia Corona

As posturas entre os países da América Latina sobre como organizar a região estão amplamente divididas, como ficou claro na reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) realizada neste sábado na Cidade do México. O Brasil não estava presente do encontro, já que desde o ano passado decidiu suspender sua participação no organismo. Anfitrião do evento, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, propôs a integração comercial dos países da região para construir uma comunidade econômica com os Estados Unidos e o Canadá.

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AME7269. MONTEVIDEO (URUGUAY), 22/02/2021.- Un vendedor de frutas trabaja hoy durante la inauguración de la UAM, nuevo complejo para la comercialización de alimentos, en Montevideo (Uruguay). Uruguay inauguró este lunes en las afueras de Montevideo la Unidad Agroalimentaria Metropolitana (UAM), un moderno complejo para la comercialización de frutas y hortalizas, entre otros productos, que sustituye al viejo Mercado Modelo, que operaba en la capital desde el 31 de enero de 1937. EFE/Federico Anfitti
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“Acredito que é hora de substituir a política de bloqueio e maus-tratos pela opção de nos respeitarmos, caminharmos juntos e nos associarmos pelo bem da América, sem violar nossas soberanias”, mencionou o mandatário no discurso de abertura da cúpula, realizada no salão Tesouraria do Palácio Nacional.

A intenção de López Obrador de substituir a Organização de Estados Americanos (OEA), auspiciada pelos EUA, pela Celac, lançada num polêmico discurso em julho passado, ficou em segundo plano com a sua proposta de um debate sobre como fortalecer o esforço latino-americano. A presença dos presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e da Venezuela, Nicolás Maduro, por momentos acirrou os ânimos na mesa de debate. As intervenções se dividiram entre aqueles que pretendem que a Celac represente a América Latina em seu conjunto e os que consideram que este já é o papel da OEA.

Foi Maduro quem fez outra proposta para conseguir que os países latino-americanos se afastem da organização com sede em Washington: tornar a Celac uma instituição com uma secretaria geral que atenda, por meio de conselhos, os problemas entre os países. “Há uma contradição entre a OEA e a Celac”, afirmou o presidente venezuelano. Outros mandatários, como Luis Lacalle, do Uruguai, apostaram na convivência dos dois organismos internacionais. “Isto não significa que integrar a Celac de alguma maneira faça cair em desuso a participação na OEA. Os governos nacionais, assim como os governos dos diferentes organismos, são essencialmente criticáveis e também são objeto de mudança”, argumentou.

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López Obrador, que empreendeu uma guinada em sua política latino-americana nos últimos meses, com uma maior participação do México nos assuntos da região, insistiu no respeito à soberania e à política interna dos países. Seu apelo em defesa de Cuba ― protagonista das festividades pelo Dia da Independência ― também chegou à reunião com a insistência para que os EUA detenham o bloqueio econômico à ilha. O presidente cubano,

Miguel Díaz-Canel, usou sua intervenção para agradecer ao mexicano seu apoio e lançar uma mensagem à Administração do presidente estadunidense, Joe Biden, sobre o embargo comercial: “Essa política criminosa e imoral é uma violação dos direitos humanos dos cubanos.”

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