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EUA enviarão neste mês mais de 6 milhões de vacinas para a América Latina, incluindo o Brasil

A Administração Biden anunciou o destino de 31% dos 80 milhões de doses que se comprometeu a distribuir ao redor do mundo, sendo uma parte para a região. Não se sabe quanto cada país receberá

Joe Biden sobre vacunas contra coronavirus
O presidente Joe Biden, em 21 de abril, na Casa Branca.Evan Vucci (AP)
Antonia Laborde

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El País BRASIL - Serrana - SP 23.04.2021 - Todos os moradores com mais de 18 anos tiveram direito à vacina, o equivalente a cerca de 28 mil pessoas no município que tem pouco mais de 46 mil habitantes. Só ficaram de fora mulheres grávidas, pessoas com doenças crônicas e pessoas com sintomas de covid-19.
A vacinação em Serrana faz parte do Projeto S, um estudo do Instituto Butantan que vai avaliar a eficácia da Coronavac na prevenção de infecções pelo coronavírus. Foto: TONI PIRES - EL PAÍS
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Os Estados Unidos enviarão os primeiros 25 milhões de vacinas contra o coronavírus aos países mais necessitados, quase um terço dos 80 milhões de doses que doará até o final de junho. A Casa Branca anunciou nesta quinta-feira que mais de seis milhões chegarão em breve a uma dezena de países latino-americanos, como Brasil, México, e Colômbia. A maior parte das doações de Washington será repartida por meio da Covax, a plataforma internacional criada para garantir que todas as nações contem com doses, independentemente de seu nível de renda.

“Enquanto esta pandemia durar em qualquer parte do mundo, o povo estadunidense continuará vulnerável”, afirmou em nota, nesta quinta, o presidente Joe Biden. “Os EUA se comprometem a oferecer a mesma urgência para os esforços internacionais de vacinação que demonstramos em casa.” O país já conta com 41,5% de sua população completamente vacinada, e mais de 63% dos adultos receberam pelo menos uma dose.

Dos 25 milhões de doses que os EUA distribuirão primeiro, quase 19 milhões serão enviados por meio do fundo Covax. Washington entregará as vacinas restantes diretamente a países “necessitados, aqueles que registrarem um aumento [de casos] repentino, vizinhos imediatos” e outros países que tenham solicitado ajuda norte-americana. Para selecioná-los, o Governo democrata privilegiou os territórios que priorizam a vacinação das pessoas com maior risco de doença grave e os profissionais de saúde.

Das doses distribuídas por meio do Covax, seis milhões irão para as Américas do Sul e Central. A Casa Branca não especificou o volume que cada país receberá, mas sabe-se quais são os beneficiados: Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Haiti, República Dominicana e outros da Comunidade do Caribe. Cerca de sete milhões de vacinas irão a 15 países da Ásia, como a Índia, e cerca de cinco milhões à África. Dentro dos seis milhões de doses que Washington decidiu doar por conta própria, México, Canadá e Gaza figuram na lista de favorecidos, além dos trabalhadores de primeira linha das Nações Unidas.

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A Administração Biden tem sido pressionada há meses para compartilhar os bilhões de doses que sobraram nos EUA. Os anúncios de doações começaram quando os casos de morte na potência mundial diminuíram drasticamente e os países pobres enfrentavam novos surtos.

A colaboração de Washington com o fundo Covax chega num momento em que a iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) só entregou 76 milhões dos dois bilhões de doses que pretende distribuir entre os países de baixa e média rendas.

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