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Governo da Venezuela confirma prisão de Roland Carreño, jornalista crítico de Maduro

O Executivo chavista afirma que o repórter e coordenador do partido de Leopoldo López confessou sua participação em crimes “contra a ordem constitucional”

O jornalista Roland Carreño (à direita) ao lado o líder venezuelano Juan Guaidó.
O jornalista Roland Carreño (à direita) ao lado o líder venezuelano Juan Guaidó.
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O jornalista venezuelano Roland Carreño, apresentador de televisão e conhecido cronista de eventos sociais, está preso desde a noite de segunda-feira. A notícia foi confirmada pelo Governo de Nicolás Maduro nas últimas horas da terça-feira. O recém-nomeado Ministro da Comunicação, Freddy Ñáñez, afirmou em sua conta no Twitter que Carreño “foi capturado em flagrante e confessou sua participação em crimes contra a ordem constitucional para alterar a paz da República”. O dirigente chavista, porém, não deu mais detalhes sobre Carreño, que é militante e coordenador do Vontade Popular, partido de Leopoldo López.

Várias ONGs e jornalistas afirmam que o jornalista foi enviado à prisão do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) conhecida como El Helicoide, embora outras fontes digam que está nos calabouços da Polícia Nacional Bolivariana e já pôde falar com seu advogado. O regime chavista não apresentou acusações de maneira oficial. O Colégio Nacional de Jornalistas e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) estão fazendo uma intensa campanha para obter informações sobre o paradeiro de Carreño e para que seja libertado.

O jornalista foi preso no contexto da fuga de Leopoldo López da residência da Embaixada da Espanha em Caracas no sábado, fato que irritou o Governo de Nicolás Maduro. Depois da fuga de López, a polícia política venezuelana interrogou os trabalhadores venezuelanos da Embaixada da Espanha em Caracas para obter informações. Diosdado Cabello, número dois do chavismo, criticou a suposta cumplicidade do embaixador espanhol em Caracas, Jesús Silva, em sua saída do país.

Militante do Vontade Popular desde sua criação em 2009, Carreño foi abandonando progressivamente seu perfil público de jornalista de televisão e apresentador de eventos ligados ao mundo do espetáculo para se envolver em atividades da formação e com o compromisso político. Especialmente a partir de 2014, quando Maduro chegou ao poder, enquanto a quebra do país e o fim da democracia se tornaram ostensivos para muitas pessoas.

Carreño assumiu importantes responsabilidades e desenvolveu uma proximidade especial com o círculo familiar de López, do qual se tornou estreito colaborador nos últimos anos. Junto com ele, também estão desaparecidos dois ativistas do Vontade Popular, os jovens Elías Rodríguez e Yeferson Sarcos. Quase ao mesmo tempo da detenção de Carreño, o Sebin também prendeu Nathaly Sifontes, cunhada de Diana López, irmã de Leopoldo, para responder a um interrogatório. Sifontes foi convocada para prestar depoimento na prisão de El Helicoide e foi finalmente liberada várias horas depois.

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