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FBI prende filha de magnata britânico por suspeita de colaborar com Epstein em tráfico sexual de menores

Segundo denúncias de várias mulheres, Ghislaine Maxwell recrutava e preparava as jovens para serem exploradas nas mansões de Nova York e Flórida

Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell, em 2005.
Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell, em 2005.
Amanda Mars

O FBI prendeu na manhã desta quinta-feira, em New Hampshire, Ghislaine Maxwell, amiga e colaboradora do financista Jeffrey Epstein, que era acusado de exploração sexual de menores e cometeu suicídio na prisão há quase um ano. Maxwell, de 58 anos, é acusada de colaborar com o esquema de abuso e tráfico sexual de jovens e meninas atribuído a Epstein, um milionário nova-iorquino com boas conexões, que tinha entre seus conhecidos Donald Trump, o príncipe Andrew e Bill Clinton.

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A filha do magnata britânico da mídia Robert Maxwell foi apontada por várias denunciantes de Epstein como uma espécie de cafetina do milionário e de seus amigos, a pessoa encarregada de recrutar, preparar e explorar as garotas nas mansões da Flórida e Nova York, entre outras. Segundo alguns relatos, a amiga de Epstein procurava garotas em dificuldades financeiras e lhes prometia ajuda em sua educação e carreira profissional.

Em documentos apresentados ao tribunal de Nova York há um ano, ex-empregados afirmaram que Maxwell era a encarregada de organizar as festas e os encontros e lidar com toda a logística. Em um artigo publicado na Vanity Fair em 2003, Epstein chegou a se referir a ela como “sua melhor amiga”. A detida comparecerá nesta quinta-feira perante o juiz, de acordo com fontes judiciais à Reuters.

Jeffrey Epstein foi preso em 6 de julho do ano passado. O financista, que estava com 66 anos de idade, já se declarara culpado em 2008 por acusações semelhantes, mas chegou então a um acordo com o Ministério Público. Desta vez, não se livrou. No mesmo dia da prisão, vários agentes do FBI entraram na mansão do magnata em Nova York, perto do Central Park, e encontraram no cofre um CD com centenas de fotos de suas vítimas, algumas completamente nuas.

Nas paredes da casa estavam penduradas fotos de figuras influentes próximas ao bilionário, como Bill Clinton e o príncipe saudita Mohammed bin Salman. O suicídio, por enforcamento, causou todo tipo de especulação, pois ele estava sob vigilância por risco de tirar a própria vida, depois de uma primeira tentativa, mas foi mandado de volta para uma unidade sem equipamento especial de prevenção. Ele poderia pegar até 45 anos de prisão.

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