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Poupando titulares, Brasil fecha primeira fase da Copa América com tropeço diante do Equador

Em Goiânia, Neymar ficou no banco e a seleção de Tite perdeu o aproveitamento de 100% no torneio. Militão marcou o gol no empate por 1 a 1

Mena venceu a marcação de Marquinhos para empatar o jogo em Goiânia.
Mena venceu a marcação de Marquinhos para empatar o jogo em Goiânia.Alberto Valdés (EFE)
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O Brasil perdeu o 100% de aproveitamento na primeira fase da Copa América 2021 ao empatar contra o Equador por 1 a 1, no estádio Olímpico de Goiânia, na noite deste domingo (27). Eder Militão abriu o placar, mas Mena empatou na etapa final, encerrou a sequência de 10 vitórias seguidas de Tite no comando da seleção (três delas no torneio sul-americano) e classificou os equatorianos para a próxima fase. Apesar do tropeço, o Brasil se manteve em primeiro lugar no grupo B e segue com a reputação de favorito ao bicampeonato em casa. Agora, a seleção espera a decisão do grupo A para saber quem vai enfrentar nas quartas de final, que estão marcadas para a próxima sexta-feira, 2 de julho, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.

Para cumprir tabela no grupo onde a seleção já havia garantido o primeiro lugar, Tite escalou um time com 10 mudanças em relação à vitória contra a Colômbia. Casemiro e Neymar, dois dos principais titulares, foram poupados. Por outro lado, três jogadores começaram jogando pela primeira vez no torneio: Emerson, Douglas Luiz e Roberto Firmino. Assim, o Brasil iniciou o jogo com Alisson no gol; Emerson, Marquinhos, Militão e Renan Lodi na defesa; Fabinho, Douglas Luiz e Lucas Paquetá no meio; Gabigol, Firmino e Everton no ataque.

Em uma etapa inicial monótona, a seleção brasileira só chutou pela primeira vez aos 15 minutos, quando uma jogada bem trabalhada pela esquerda terminou na finalização perigosa de Lucas Paquetá. Foi pela esquerda, inclusive, que os melhores ataques do Brasil saíram, dos pés de Everton Cebolinha e Renan Lodi, mas sem incomodar tanto o goleiro Galindez. Sem tanta criatividade por baixo, a forte bola parada brasileira apareceu aos 37 minutos: desta vez pela ponta-direita, Cebolinha cobrou uma falta na cabeça de Eder Militão, que abriu o placar testando no ângulo e marcando seu primeiro gol pela seleção brasileira. A não ser por um chute surpreendente do meio-campo que quase encobriu Alisson, o Equador não criou chances para igualar o marcador.

O cenário mudou no início da segunda etapa, quando os equatorianos voltaram pressionando pelo empate. Aos sete minutos, uma bola rebatida depois de escanteio caiu nos pés de Mena, que bateu forte para fazer o 1 a 1. Em busca da vitória, Tite mexeu cinco vezes em 30 minutos: Lodi (lesionado), Firmino, Douglas, Cebolinha e Paquetá deram lugar a Danilo, Vinicius Junior, Casemiro, Richarlison e Everton Ribeiro. Mesmo com a entrada de alguns titulares brasileiros, foi o Equador que cresceu após o empate. Dependendo do resultado para ter chances de classificação, o adversário aumentou o ritmo e pressionou pela virada durante boa parte da etapa final. O Brasil só retomou o controle do jogo nos últimos minutos, quando não achou mais tempo para garantir o que seria a quarta vitória em quatro jogos na competição. Do lado contrário, a seleção equatoriana --que havia perdido para os brasileiros por 2 a 0 há algumas semanas, pelas Eliminatórias da Copa-- celebrou muito o empate e a classificação às quartas.

Assim como Venezuela, Peru, Chile e Bolívia, a seleção do Equador foi outra atingida pela pandemia de covid-19 durante a disputa do torneio no Brasil. Damián Díaz, camisa 10 e principal jogador equatoriano, foi infectado pelo coronavírus, segundo divulgado pela própria federação do país, neste sábado, 26, e desfalcou a seleção contra os donos da casa. De acordo com o Ministério da Saúde, as duas semanas de Copa América somaram até agora 175 casos positivos de covid-19, sendo 47 deles jogadores ou membros de comissões técnicas dos países participantes.

Já os arredores do estádio Olímpico de Goiânia, uma capital que raramente recebe a seleção brasileira, estavam um pouco mais receptivos do que os cenários vistos nos dois jogos anteriores, ocorridos no Rio de Janeiro. Ainda que com ruas vazias, dignas de um domingo pandêmico à tarde, alguns torcedores pararam para fazer selfies em frente ao local antes da partida. Além disso, prédios vizinhos ao Olímpico soltaram fogos de artifício durante o jogo, especialmente no momento do gol brasileiro.

Nesta segunda-feira, a última rodada do grupo A decide o rival do Brasil nas quartas de final. O Uruguai enfrenta o Paraguai, enquanto o Chile, que já fez quatro jogos, descansa. As três seleções estão classificadas, mas paraguaios têm seis pontos, chilenos têm cinco e uruguaios têm quatro. O país que ficar atrás entre o trio será o adversário da seleção na próxima sexta-feira, 2 de julho, no Rio de Janeiro. Já o Equador, que garantiu a vaga em quarto lugar, jogará contra o líder da chave A, uma posição que só pode ser ocupada pela Argentina (que enfrenta a Bolívia) ou o Paraguai.

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