Lula um dia após ser solto: “Se a gente tiver juízo, em 2022 a esquerda vai derrotar a ultradireita”
Em discurso a uma multidão de apoiadores em São Bernardo, ex-presidente mira as eleições, e ataques a Bolsonaro, Moro e à Globo

O ex-presidente Lula participou de um ato neste com militantes neste sábado, um dia após ser solto, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, o berço político de Lula na Grande São Paulo. É a segunda aparição pública de Lula desde que deixou a cadeia nesta sexta-feira, beneficiado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal que mudou o entendimento a respeito do cumprimento da pena após condenação em segunda instância. O petista volta, 581 dias depois, ao local onde falou pela última vez antes de ser preso, em abril de 2018. Em longo discurso a apoiadores, Lula voltou seus ataques à Operação Lava Jato, responsável pela condenação por lavagem de dinheiro e corrupção no caso do Triplex do Guarujá que o levou ao cárcere e ainda o mantém inelegível. Também criticou o presidente Jair Bolsonaro, o ministro Sergio Moro e a TV Globo, e mirou as eleições de 2022: “Se a gente tiver juízo, em 2022 a esquerda vai derrotar a ultradireita”, afirmou. Pouco antes, Bolsonaro fez menção à libertação de Lula com um texto postado nas redes sociais: "Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa", disse. Enquanto isso, houve protestos em algumas cidades contra a decisão do STF.
Veja os principais destaques da cobertura:
- Dirceu e Azeredo também são soltos
- Livre, Lula reanima uma combalida oposição
- Esquerda se liberta nas redes num grande #sextou
- De Maduro a Bernie Sanders: as reações à libertação de Lula

Terminamos aqui a trasmissão ao vivo do primeiro dia do ex-presidente Lula fora da prisão. A repórter Marina Rossi acompanhou diretamente do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo. Leia aqui a reportagem completa: http://cort.as/-UNCd
Boa noite!


A foto publicada neste sábado pelo ex-presidente nas redes, feita por Ricardo Stuckert (fotógrafo oficial do Planalto durante os anos Lula), em que o petista aparece carregado por militantes em São Bernardo, é uma clara referência à imagem do dia em que Lula foi preso, em 7 de abril de 2018, que na ocasião viralizou, feito pelo fotógrafo Francisco Proner, 18 anos. Um ano depois, uma das imagens semelhantes feita sob outro ângulo, seria arrematada pelo maior lance em um leilão organizado por apoiadores do petista: à época, a imagem feita pelo fotógrafo Paulo Pinto foi vendida a 65.000 reais (na imagem). Já a foto vendida pelo quarto maior montante foi o registro foi Proner, leiloada por 25.000 reais.

Criticada por Lula durante o discurso, a TV Globo divulgou nota:
"A Globo repudia os ataques do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A prova de isenção da emissora é a transmissão do discurso que o ex-presidente fez ontem e hoje. Também é prova de sua isenção ser alvo de ataques dos extremos do espectro político hoje, tão radicalizado. A Globo faz jornalismo sério e continuará a fazer. Sem se intimidar e sem jamais perder a serenidade."

Depois de xingar Globo, Moro e Dallagnol, Lula diz: “Nós não temos que brigar, nem xingar eles. Nós temos de entender que não vamos deixar que eles destruam o nosso país”. A rede Globo soltou uma nota reclamando de palavras chulas que o presidente usou para se referir à emissora. Ele disse que o helicóptero da Globo estava ali para “depois falar merda”.









"Nós ainda não ganhamos nada. O que queremos agora é que seja julgado um habeas corpus que está no Supremo Tribunal Federal, anulando todos os processos contra mim. Falo isso sem nenhum rancor, o Moro é mentiroso. Dallgnol é mentiroso. Não é por causa do Intercerpt....tudo o que eles escreveram era para mudar o processo eleitoral"
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